Funcionários de escola substituem professores em sala de aula
Na primeira semana após o fim do recesso escolar, a rede pública de ensino já apresenta problemas em alguns estados. Em Santa Catarina, por exemplo, o governo estadual deixou de contratar quatro mil professores temporários, número estimado para compor o mesmo quadro do último ano.
Conforme denúncia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE/SC), em muitas unidades escolares os professores são substituídos por profissionais do setor administrativo. A contratação de professores está prevista para o dia 18 de fevereiro. Entre os 25 mil educadores que atuavam no estado em 2010, doze mil eram temporários.
Na rede municipal de Serra (ES), os estudantes sofrem com a falta de merenda, professores e funcionários do setor de limpeza, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do estado. Uma das escolas está interditada. As obras estão paradas e a reforma deveria ter sido entregue em fevereiro de 2010. As aulas ocorrem em um espaço alugado pelo valor de R$ 17 mil mensais. Em outra escola, o telhado ameaça desabar.
O novo Plano Nacional de Educação estabelece 20 metas a serem cumpridas até 2020 e prevê investimento de 7% do PIB no setor. A valorização profissional dos professores foi apontada como prioritária. A erradicação do analfabetismo aparece como um dos desafios a serem superados. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existem 14 milhões de brasileiros nessas condições.
Da Radioagência NP (Jorge Américo)