Fundador do Wikileaks diz ter sido ameaçado de morte

O jornalista australiano Julian Assange, criador do website Wikileaks – que está no centro das atenções mundiais esta semana por ter divulgado milhares de documentos sigilosos da diplomacia dos EUA -, disse por meio de seu advogado nesta sexta-feira (3/12) que vem sendo ameaçado de morte nos últimos dias.

Segundo a agência de notícias britânica Reuters, ele e a equipe do site alegaram estar tomando medidas de segurança após terem recebido ameaças de morte

Assange é atualmente foragido da Justiça da Suécia – onde já morou – e procurado pela Interpol por acusação de abusos sexuais. Ele alega ser inocente e que a ordem de prisão é uma retaliação ao trabalho de divulgação de documentos secretos.

O advogado de Assange, Bjorn Hurtig, afirmou que não pode afirmar com qual frequência os dois mantêm contato, e que potências estrangeiras estariam “influenciando” a Suécia. Hurtig avisou ainda que vai combater “qualquer tentativa de extradição” de seu cliente.

Inglaterra
Nesta sexta-feira, o jornalista australiano deu uma entrevista por internet ao jornal inglês The Guardian a partir de um paradeiro desconhecido. A imprensa da Inglaterra acredita que ele esteja em algum lugar do sul do país. Segundo a BBC, ele poderia ser preso “a qualquer momento”.

“As ameaças contra a nossa vida são uma questão de interesse público. Entrentanto, estamos tomando as precauções adequadas na medida em que podemos, quando se trata de [enfrentar] uma superpotência”, disse Assange, citado pelo jornal.

A divulgação dos documentos, alguns dos quais contêm menções pouco diplomáticas e constrangedoras a governantes estrangeiros, provocou irritação no governo dos Estados Unidos desde o último domingo (28/11). O presidente Barack Obama já determinou a criação de uma comissão para evitar novos vazamentos e autoridades norte-americanas pressionaram a Amazon.com, cujo servidor hospedava o site, a expulsar o Wikileaks. O site foi transferido para um provedor na Suíça.

Do Opera Mundi