Fundição e G2 apresentam propostas que atendem às expectativas da FEM-CUT

As bancadas patronais ofereceram uma proposta econômica que contempla a reposição da inflação do período da data-base e mais 2% de aumento real. As novas propostas serão apreciadas pelos trabalhadores em assembleias neste final de semana

O impasse entre as bancadas patronais da Fundição e do Grupo 2 (que reúne os sindicatos patronais dos setores de máquinas e eletrônicos) e a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT) está chegando ao fim. Nas rodadas de negociação, realizadas na quinta-feira (1º), nas sedes da Associação Brasileira de Fundição (ABIFA) e da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), as bancadas patronais ofereceram uma proposta econômica que contempla a reposição da inflação do período da data-base e mais 2% de aumento real.

Na Fundição, a proposta de reajuste foi de 6,53% (4,44% de reposição da inflação medida pelo INPC referente à data-base da categoria, 1º de setembro e mais 2% de aumento real), sendo que o mesmo índice será aplicado aos pisos salariais. No Grupo 2, a bancada patronal propôs 6,75% (4,66% de reposição da inflação dos últimos 13 meses – no ano passado a data-base desta bancada era agosto e no mesmo ano mudou para 1º de setembro – e mais 2% de aumento real). (foto: FEM-CUT em rodada no G2 – crédito MC)

Assembleias

Segundo o presidente da FEM-CUT, Valmir Marques (Biro Biro), as novas propostas serão apreciadas pelos trabalhadores em assembleias neste final de semana. “Conquistamos 2% de aumento real nas Montadoras e no Grupo 3 e, com certeza, a categoria metalúrgica aprovará esta nova proposta. Também é importante salientar que conquistamos avanços significativos nas cláusulas sociais”, informa Valmir Marques (Biro Biro) presidente da FEM-CUT.

A FEM representa 15 mil trabalhadores no setor de Fundição e cerca de 40 mil nos setores do G2 em todo o Estado. A data-base dos dois setores é 1º de setembro.

Fundição: Aumento no direito à amamentação e no piso do jovem aprendiz

Na Fundição, os principais direitos sociais assegurados pelas empresas foram a ampliação no direito à amamentação, de 10 dias corridos para 10 dias úteis (totalizando 14 dias, levando em consideração o final de semana, sábado e domingo); o aumento de 75% para 100% no piso da categoria para os jovens aprendizes e a atualização na carteira de trabalho de acordo com a nomenclatura profissional, baseada no Código Brasileiro de Ocupações.

Outro avanço beneficiará os jovens na fase do exército. A nova cláusula garantirá que quando houver a coincidência entre o horário de prestação do Tiro de Guerra com o horário de trabalho, o trabalhador não sofrerá o desconto das horas coincidentes, nem qualquer outro desconto em razão das horas não trabalhadas por este motivo. Nos casos de plantão noturno no serviço militar, o trabalhador será dispensado do trabalho no dia seguinte e terá suas horas pagas pela empresa. Antes, esta cláusula garantia apenas a estabilidade no emprego.

A Federação negociou com a Fundição a validade de dois anos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Os direitos sociais valerão até o dia 31 de agosto de 2011 e as cláusulas econômicas serão renovadas na próxima data-base, 1º de setembro de 2010.

Grupo 2: Garantia de todos os direitos da CCT para o aprendiz e Formação Cidadã

Os avanços sociais na bancada do G2 também foram significativos. O jovem aprendiz terá assegurado todos os direitos firmados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Outro avanço é a criação de um Programa de “Formação Cidadã”, no qual o Sindicato e a empresa farão um acordo que permitirá a liberação de um (1) dia por ano do trabalhador para fazer cursos de formação no Sindicato, que abrangerão temas como: legislação trabalhista, CCT, meio ambiente, inclusão digital, tecnologia da informação entre outros.

As empresas do G2 também divulgarão informações ao (à) trabalhador (a) recém-contratado (a) tais como os riscos nos locais de trabalho e a representação sindical. A Federação também negociou com o G2 a validade de dois anos da CCT. Os direitos sociais valerão até o dia 31 de agosto de 2011 e as cláusulas econômicas serão renovadas na próxima data-base, 1º de setembro de 2010.

Da FEM-CUT