Futuro dos carros populares será aluguel ou assinatura, diz chefão da Fiat
Carros de entrada não vão acabar, mas mudará a forma de serem consumidos
Que os chamados carros populares deixaram de ter preços populares, todo mundo já sabe. Por outro lado, não há como negar que os modelos mais simples evoluíram muito nos últimos 15 anos, com mais equipamentos, tecnologia e segurança. Por legislação e exigência do consumidor, a tendência é que fiquem ainda mais equipados e menos poluentes, o que é sempre bom, mas certamente ficarão ainda mais caros. Mas então, qual será o futuro destes modelos?
No começo de fevereiro, durante uma conversa com jornalistas para apresentar os números de 2020 da Fiat, Herlander Zola, diretor do brand Fiat para América Latina, foi questionado nesse tema. Além de afirmar que neste momento não há uma decisão sobre o fim do Uno, o executivo disse que acredita que os carros de entrada não vão deixar de existir, mas não serão mais comprados pelo público, mudando assim a sua forma de ser consumido.
“O que deve acontecer no futuro é uma migração de canal, onde modelos de negócio que vão passar por assinatura ou por aluguel certamente vão ganhar força para alguns segmentos de mercado, e sem nenhuma dúvida, o segmento de carros populares deve ser muito influenciado por isso”, explicou o executivo. Isso explica o movimento de várias montadoras em oferecer a sua própria solução de carros por assinatura, inclusive a Fiat com a Flua.
“A nossa iniciativa, a Flua, será muito favorável para isso. Estamos acelerando e observando resultados bem interessantes dos pilotos que começam a rodar dentro das nossas concessionárias com nossos modelos. Mas naturalmente, em virtude do que já se observa no mercado e o peso que as locadoras têm, já indicam um domínio importante deste segmento. Os carros populares não vão perder espaço, mas o que deve mudar é a forma que as pessoas devem utilizar os carros populares, deixando de tê-lo, passando assinar ou alugar”, afirmou Zola.
Do Motor1