Futuro elétrico: a dependência das baterias é pior que a do petróleo?

Estudo da T&E tenta esclarecer um ponto fundamental para o desenvolvimento sustentável da mobilidade elétrica

Com uma matriz energética cada vez mais orientada para as energias renováveis, resta um ponto em que a mobilidade elétrica deve motivar cada vez mais os questionamentos sobre a sua efetiva sustentabilidade: a produção de baterias. Um tema complexo, em que oportunidades industriais, implicações geopolíticas e ambientais se entrelaçam.

E com os fabricantes cada vez mais empenhados em encontrar matérias-primas verdadeiramente limpas, em tudo, há uma questão sobre a qual muitos procuram clareza: será a dependência das baterias “pior” do que a do petróleo? Uma resposta vem hoje da Federação de Transporte e Meio Ambiente de ONGs ambientais.

Para destacar o assunto, a T&E desenvolveu um estudo interno que diz que comparada aos 17 mil litros de combustível queimados em média por um carro com motor térmico, a bateria de um carro elétrico “consome” em média 30 kg de matéria-prima, levando em consideração o processo de reciclagem. Provas, de acordo com a federação, de que a dependência atual da Europa do petróleo excede em muito a necessidade de matérias-primas para as baterias.

O estudo destaca mais uma vez que os veículos elétricos em geral seriam melhores do que seus equivalentes térmicos em termos de impacto climático, exigindo 58% menos energia ao longo de seu ciclo de vida do que um carro movido a gasolina. Nesse sentido, o estudo conclui que mesmo em um país com uma matriz energética com forte componente de carvão, como a Polônia, um veículo totalmente elétrico emitiria 22% menos CO2 do que uma alternativa com motor a combustão.

Do InsideEVs