G20: Acordo frouxo, mas duas boas notícias para o Brasil
Reunião das vinte maiores economias do mundo terminou na última sexta-feira
A reunião de cúpula do G20 (grupo das 20 principais economias do planeta) terminou na última sexta-feira em Seul, na Coreia do Sul, com um acordo frouxo e duas boas notícias para o Brasil.
O comunicado final do encontro definiu a criação de um mecanismo de avaliação sobre até que ponto e de que forma as políticas econômicas de cada país estariam contribuindo para a guerra econômica que acontece no planeta atualmente.
A fragilidade do acordo está no fato de que ele não define quais os mecanismos formais de punição ao país (ou países) infrator. A primeira rodada de avaliação das infrações deve ocorrer no final do ano.
Até lá, os países podem continuar fazendo o que bem entendem, apesar das críticas e do prejuízo que provocam ao resto do mundo, que nada acontecerá.
FMI e BRICs
A primeira das boas notícias para o Brasil em Seul foi que o País – e as demais nações emergentes – poderão adotar ações emergenciais para atenuar os efeitos das medidas adotadas pelos demais países.
Isso permitirá ao Brasil promover novas medidas para taxar o capital que entra no País – como as recentes cobranças de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) – sobre investimentos estrangeiros sem sofrer sanções.
A outra boa notícia para o Brasil é o reconhecimento oficial de que o País sobe de 18º, em 2008, para a 10ª posição entre os países com maior poder de voto no FMI (Fundo Monetário Internacional).
Com este novo acordo, as cotas dos BRICs (grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia e China) no Fundo chegarão a 14,8% do total, quase os 15% necessários para exercer o poder de veto que apenas os EUA possuem individualmente.
Para atingir os 15% bastará o voto de mais um país. Por exemplo, a Argentina, um parceiro constante dos BRICs.
Da Redação