Geração de empregos no Brasil chega a 20 milhões desde 2003

Projeto da classe trabalhadora interrompeu política neoliberal e provou ser possível gerar empregos e garantir direitos sociais aos trabalhadores.

Com o saldo de 1,1 milhão de empregos com carteira assinada no ano passado, o Brasil atingiu a marca de 19.891.970 novos postos de trabalho desde 2003, quando uma nova política de estímulo ao crescimento foi adotada.

“O número que estamos atingindo é a prova que a informalidade do modelo neoliberal nunca impulsionou o País, ao contrário”, criticou Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, diretor Administrativo do Sindicato.

“O neoliberalismo prega que a formalização, com garantia de direitos sociais ao trabalhador, impede a geração de empregos e o que estamos vendo hoje, em dados concretos, é justamente o inverso disso”, explicou.

Segundo Barba, o projeto político da classe trabalhadora é o grande responsável por esse recorde de criação de empregos formais.

“Em 2002, tínhamos estudo de que a vida dos brasileiros só melhoraria com a geração de no mínimo 10 milhões de empregos”, relembra o dirigente.

“Por isso, chegar a 20 milhões de empregos com carteira assinada é motivo para ser comemorado por todos os trabalhadores”.

Os trabalhadores formais no Brasil em 2002 eram 28,7 milhões e hoje são 48,6 milhões.

 Má fé

A geração de mais de um milhão de empregos formais no ano passado mantém a condição de pleno emprego do Brasil.

“A diferença de 0,1% do ano passado em relação a 2012 é insignificante”, disse Barba. 

Segundo ele, alguns críticos do governo federal tentam induzir a população com notícias negativas apesar do saldo positivo de geração de vagas.

“É claro que depois de uma série de crescimento forte por dez anos, é natural que haja uma leve queda”, afirmou.

“Além do mais, não podemos esquecer a situação da Europa e dos Estados Unidos, com fechamento sistemático de postos de trabalho por conta da crise”, comparou.

“Com tudo isso, o Brasil ter criado 1,1 milhão de postos de trabalho é muito positivo e dizer o contrário é no mínimo má fé”, concluiu.  

Mudança na política também refletiu nos empregos da base

A mudança na política, a partir de 2003, com estímulo a geração de empregos formais, garantiu também o crescimento dos postos de trabalho na base dos metalúrgicos do ABC.

Naquele ano, os companheiros na categoria eram pouco mais de 78 mil e hoje ultrapassam os 100 mil.

“A década de 90, do modelo neoliberal, significou a demissão de milhares de metalúrgicos”, relembra o diretor Administrativo do Sindicato, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba. “A situação só não foi pior por causa da ação do Sindicato”, prosseguiu.

Consciência de classe

Para ele, se a categoria, junto a milhões de brasileiros, não tivesse interrompido esse processo neoliberal, a realidade de hoje seria bem diferente. “Essa consciência da classe trabalhadora, de ser a protagonista de sua história, é que colocou o Brasil na rota do crescimento e impediu que estivéssemos em situação como a dos trabalhadores na Europa”, finalizou.

IBGE muda método de pesquisa sobre mercado de trabalho

O IBGE apresentou no último dia 13 a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que irá substituir a atual Pnad, de periodicidade anual, e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), feita a cada 30 dias.

O levantamento será trimestral e deixará de ser restrito a seis regiões metropolitanas como é hoje, mas terá abrangência nacional.

Serão visitados 211.344 domicílios em aproximadamente 3.500 municípios. Hoje são apenas 1.100.

Da Redação