GM demite por e-mail e telegrama e trabalhadores paulistas entram em greve

Durante o fim de semana a General Motors comunicou, por e-mail ou telegrama, a demissão de trabalhadores de suas fábricas de Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul e São José dos Campos, todas no Estado de São Paulo. Os sindicatos, que não foram consultados, ainda tentam levantar o número de pessoas demitidas, mas decidiram, em assembleias, cruzar os braços em protesto pelas demissões.

Consultada a GM confirmou as demissões, mas não informou os números. As três fábricas paulistas interromperam a produção nesta segunda-feira, 23. Segundo Valmir Mariano, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, “não será produzido um parafuso sequer enquanto as demissões não forem canceladas”.

A entidade já iniciou as movimentações para marcar reuniões com os governos municipal, estadual e municipal para buscar apoio em suas demandas. A GM recebe incentivos estaduais por ter aderido ao IncentivAuto, programa criado pelo ex-governador João Dória, e mantém trabalhadores em layoff com parte do salário paga com recursos públicos do FAT, Fundo de Amparo do Trabalhador.

Mariano afirmou que havia acordo de estabilidade até maio de 2024, assinado junto com a decisão do layoff, em junho, que foi descumprido pela GM. Trabalhadores afastados foram demitidos, inclusive. Há um mês a GM propôs um PDV, Programa de Demissão Voluntária, aos sindicatos de suas fábricas paulistas, que recusaram a oferta. Os sindicatos alegam que não foram procurados após as conversas e nem foram consultados a respeito das demissões promovidas no fim de semana.

Da AutoData