GM nos EUA atinge 5 mil adesões ao programa de demissão voluntária

Montadora calcula que o processo vai gerar economia de US$ 1 bi por ano para a montadora

Cerca de 5.000 funcionários administrativos e executivos da General Motors, nos EUA, aderiram ao programa de demissão voluntária, o que a montadora diz ser suficiente para evitar demissões neste momento. A GM informou, na terça-feira (04), que as adesões vão gerar economia de cerca de US$ 1 bilhão por ano, metade dos US$ 2 bilhões que a montadora deseja cortar anualmente até o final de 2024. A empresa tem cerca de 58.000 trabalhadores nos EUA.

As demissões voluntárias ocorrem em um momento incerto para a indústria automobilística, que está no meio de uma transição de combustão interna para veículos elétricos. A GM tem como meta vender apenas veículos elétricos de passageiros até 2035. A montadora de Detroit, nos EUA, e seus concorrentes estão fazendo grandes desembolsos de capital para desenvolver e construir novos veículos elétricos, enquanto continuam a fabricar carros, caminhonetes e SUVs com motores a gasolina.

Além disso, direcionaram muitos recursos para obter minerais escassos e peças necessárias para baterias de veículos elétricos. A GM espera economizar o US$ 1 bilhão restante reduzindo a complexidade dos veículos e expandindo o uso de peças compartilhadas em veículos elétricos e de combustão interna. Também planeja cortar gastos em toda a empresa, inclusive com viagens e marketing, segundo o comunicado.

No mês passado, a GM ofereceu a demissão voluntária aos trabalhadores administrativos e executivos com pelo menos cinco anos de serviço e executivos globais que estão na empresa há pelo menos dois anos. As adesões dão o direito a um mês de pagamento para cada ano de serviço, até 12 meses, além de assistência médica COBRA e parte dos bônus que receberiam este ano.

Do Valor Econômico