Golpe completa 4 anos e Brasil caminha para voltar ao Mapa da Fome
Quatro anos depois do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente com mais de 54 milhões de votos, os brasileiros sofrem continuamente com a queda da renda, aumento do desemprego, da miséria, dos retrocessos e do desmonte do Estado.
“O Brasil saiu do Mapa da Fome em 2014. Agora, está caminhando a passos largos para voltar”, afirmou o economista Daniel Balaban, chefe do escritório brasileiro do Programa Mundial de Alimentos da ONU, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
A estimativa é que mais 5,4 milhões de brasileiros passem a viver em extrema pobreza até o fim do ano no país. Ao todo, serão 14,7 milhões nessa situação, 7% da população do Brasil.
O secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva, analisou que o desmonte do Estado brasileiro desde o golpe é o oposto ao caminho do desenvolvimento e da construção de um país mais justo e igualitário.
“Só é possível combater a pandemia da Covid-19 porque temos um Sistema Público de Saúde, algo que o atual governo e quem deu o golpe não acreditavam e agora estão vendo a necessidade do SUS”, ressaltou.
“Por isso, a importância de fazer essa reflexão. O golpe foi dado para construir um Estado mínimo e, neste momento, temos a prova de que o Estado tem que ser forte para dar suporte a toda a população”, afirmou.
Na sequência do golpe contra Dilma e contra o povo, Lula foi impedido de concorrer às eleições presidenciais de 2018 e mantido preso político na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, condenado em um processo sem provas e perseguido por juízes e procuradores que nem disfarçavam as intenções políticas.
Entre os ataques da política neoliberal de Michel Temer, aprofundada por Bolsonaro, está o congelamento de investimentos em saúde e educação por 20 anos. Os ataques aos direitos dos trabalhadores se intensificaram, com as reformas Trabalhista e da Previdência. Também atacaram políticas públicas como o Mais Médicos, Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, ProUni e Fies. Além disso, entregam o patrimônio nacional para as multinacionais.