Golpe contra a América Latina: Por trás da matéria há plano de desmoralização

A publicação de matéria no jornal americano New York Times dizendo que o presidente Lula está bebendo em excesso foi em represália à sua posição contra a invasão do Iraque.

A análise é do jurista Dalmo Dallari, que classificou o jornalista Larry Rohter, autor da matéria, como uma pessoa sórdida e indigna. “Ele é a degradação dos profissionais da imprensa”.

Em seu espaço no jornal Folha de S. Paulo, o jornalista Janio de Freitas foi além. Ele disse que a matéria foi escrita com o objetivo de desmoralizar o governo brasileiro, uma vez que Lula está na contramão da política norte-americana para a América Latina.

Para Janio de Freitas, o despontar de Lula como liderança latino-americana atrapalha os planos dos Estados Unidos, que querem derrubar os governos de Cuba e da Venezuela.

E Lula, além de defender a auto-determinação desses dois países, tem relações pessoais com os presidentes Fidel Castro (foto) e Hugo Chaves.

Na semana passada, o governo venezuelano desmontou uma tentativa de golpe de Estado patrocinada pelo governo norte-americano. Também na semana passada, o presidente Bush admitiu que está agindo para mudar o sistema político cubano.

Dentro desse quadro político, Janio de Freitas pergunta: “Quem é o presidente latino-americano capaz de levantar um movimento continental em defesa dos dois presidentes visados?”

>> Hostilidades ao regime cubano

Os Estados Unidos começam a implementar um plano em que pretendem ampliar as hostilidades ao regime de Fidel Castro, o embargo econômico à ilha e a redução dos direitos dos cubanos residentes nos EUA.

O objetivo das medidas, segundo o próprio Bush, é “acelerar o dia em que Cuba será um país livre”.

As medidas incluem o incremento do apoio à contra-revolução interna, através da destinação de 59 milhões de dólares, nos próximos dois anos, para apoiar organizações anticastristas em solo cubano.

Dinheiro extra será aplicado no aumento das campanhas internacionais contra Cuba, que incluem campanhas de desinformação sobre o país