Governadores se omitiram
O deputado José Pimentel (PT-CE) acusou os governadores de se omitirem na aprovação da votação final da reforma da Previdência. A matéria foi mudada pelo PSDB para beneficiar delegados de polícia, advogados públicos e fiscais do Imposto de Renda nos Estados e aceitas pela Câmara Federal. A reforma será votada agora pelo Senado.
Pela proposta aprovada, delegados, advogados públicos e fiscais do IR tiveram a aposentadoria equiparada aos salários dos desembargadores de Justiça, que atinge R$ 17.250,00 e é superior ao rendimentos dos governadores. A medida abre caminho para a elevação dos salários de várias carreiras do funcionalismo estadual, que passariam a ter uma aposentadoria muito superior aos salários recebidos durante o serviço.
“O impacto será exclusivamente nas despesas dos Estados, mas lamentavelmente os governadores se omitiram dessa matéria, permitindo que a solicitação feita pelos tucanos fosse aprovada”, disse Pimentel. Ele lembrou que na primeira votação da matéria os governadores se mobilizaram contra a aprovação.
Agora, tentando livrar a cara da estupidez que cometeram, os líderes do PSDB dão declarações cretinas. O presidente do partido, Eduardo Azeredo, comentou: “Deixaram a coisa lá correr solta”. Ele não explicou o que é a coisa. Já o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, chama seus colegas para uma grande mobilização no Senado. Só agora.
Donas de casa
Por outro lado, a reforma teve pontos positivos. A deputada Luci Choinacki (PT-SC) lembra a aprovação do destaque que apresentou e permitirá aos trabalhadores de baixa renda, atendidos pelo futuro regime especial de previdência, se aposentarem por tempo de contribuição.
Uma lei disciplinará esse regime especial, atendendo principalmente às donas de casa, com o benefício de um salário mínimo.
“Este é um primeiro passo, um passo importante para que as mulheres tenham o direito à aposentadoria e a mais dignidade. Mas precisamos continuar nossa luta até a regulamentação deste benefício”, comemora Luci.