Governo aumenta limite de crédito de aposentado
Os que não possuem cartão de crédito poderão comprometer até 30% de sua aposentadoria com o pagamento de empréstimos
Os aposentados que não possuem cartão de crédito poderão comprometer até 30% de sua aposentadoria com o pagamento de empréstimos. A resolução, que determina a alteração das normas do crédito consignado, foi publicada no Diário-Oficial da União de quarta-feira (2).
Para os que possuem cartão de crédito ainda valerá a norma antiga, nesse caso, até 10% dos valores recebidos na aposentadoria podem ser destinados ao pagamento do cartão de crédito (mesmo que não seja usado integralmente) e 20% podem ser usados para o pagamento de empréstimos. Os juros máximos do empréstimo permanecem em 2,5% ao mês, e, para o cartão de crédito, em 3,5%.
Os aposentados que já utilizam o cartão, e quiserem aumentar a margem do empréstimo (até 30%), deverão necessariamente encerrar seus contratos comerciais de uso do cartão, solicitando seu cancelamento formalmente junto às instituições financeiras.
A partir desta quinta-feira (2), segundo o Ministério da Previdência Social, os aposentados que não possuem cartão de crédito poderão dirigir-se à sua instituição financeira e renegociar o pagamento do crédito.
Desde o dia 25 o Sindicato Nacional dos Aposentados Pensionistas e Idosos, começou a receber os interessados em abrir as ações pela recuperação do poder de compra para quem ganha acima de um salário mínimo e a recuperação das perdas causadas pelo fator previdenciário.
Até o fim do ano o sindicato espera receber mais de 1 milhão de interessadas em abrir esses processos. Dependendo do ano em que o trabalhador se aposentou as perdas podem significar algo em torno de 40% do benefício, no caso do fator previdenciário, e 20% no da recuperação do poder de compra, fora os atrasados.
A partir de 1999, época em que entrou em vigor o fator previdenciário, todos que se aposentaram têm direito a dar entrada nas duas ações. Para esse grupo de aposentados a perda pode chegar à casa dos 50%, mais os atrasados.
Do Diário do Grande ABC