Governo aumenta subsídio e reduz taxa de juros do Minha Casa, Minha Vida

O governo federal anunciou o aumento dos subsídios e redução dos juros dos financiamentos imobiliários do Minha Casa, Minha Vida. Diferenciados por cidade, os valores máximos dos imóveis que podem ser financiados também foram ajustados e subiram.

As mudanças, válidas a partir de novembro, foram aprovadas pelo conselho curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), principal fonte de recursos do programa. O governo tem metade do conselho, formado ainda por representantes de trabalhadores e de empregadores.

O custo das alterações para o FGTS será de R$ 1,1 bilhão em 2013 e de R$ 300 milhões este ano, informou o ministro do Trabalho, Brizola Neto, negando as medidas tenham objetivo de ajudar aliados nas eleições de domingo. O FGTS banca 82,5% dos subsídios do MCMV; só 17,5% são do Tesouro Nacional. Na modalidade conhecida como complemento de renda, o subsídio máximo às famílias sobe de R$ 23 mil para R$ 25 mil. Também aumenta, de R$ 13 mil para R$ 16 mil, o subsídio máximo na forma de redução de taxas de juros, que é cumulativo com o primeiro. Ambos variam de acordo com a faixa de renda das famílias.

Passam a ter acesso aos subsídios aquelas com renda familiar mensal de até R$ 3.275 e não somente até R$ 3.100, porque mudaram as cifras que delimitam as faixas de renda. A quarta e última faixa continua sem direito aos subsídios. Mas, com os novos valores, parte das famílias muda para a terceira faixa.

Os juros caíram apenas para a quarta faixa, que agora vai de R$ 3.275 a R$ 5 mil. A queda foi de um ponto percentual, para 7,16% ao ano. Entretanto, por causa da nova delimitação das classes de renda, as famílias que ganham entre R$ 3.100 e R$ 3.275 também vão pagar juro menor – 6%, em vez de 8,16% ao ano.

O teto de renda da terceira faixa, que era de R$ 3.100, aumentou para R$ 3.275. O da segunda, de R$ 2.325 para R$ 2.455. A primeira segue limitada a R$ 1.600 por mês. O valor máximo de renda da quarta faixa foi mantido em R$ 5 mil. O valor máximo dos imóveis passíveis de aquisição com financiamento e/ou subsídio do “Minha Casa” vai variar de R$ 90 mil a R$ 190 mil, conforme a cidade, e não mais de R$ 80 mil a R$ 70 mil.

 

Do Valor Econômico