Governo Bolsonaro bloqueia mais R$ 1,68 bi da educação e inviabiliza universidades e institutos federais
Cenário é dramático e entidades cobram esclarecimentos do MEC
Enquanto o país parava para assistir ao jogo entre o Brasil e a Suíça pela Copa do Mundo 2022, na segunda-feira, 28, o governo Bolsonaro encaminhou um ofício a institutos federais de educação informando mais um bloqueio do orçamento destinado ao setor para cumprimento da regra do chamado Teto de Gastos.
Segundo entidades ligadas à educação, o bloqueio total deve chegar a R$ 1,68 bilhão, sendo que R$ 244 milhões serão cortados de universidades, que, somado aos bloqueios anteriores, inviabiliza o funcionamento dessas instituições.
O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, criticou a medida do governo. “É lamentável esse governo, que nunca se preocupou com o país nem com os brasileiros e brasileiras, continuar a fazer esse tipo de maldades e retirar recursos de um setor tão crucial para o desenvolvimento do Brasil”, afirmou.
“É muita irresponsabilidade não se preocupar com o futuro dos jovens e do país. É um governo que não tem compromisso, sucateou todas as áreas e foi perverso com a educação, inclusive nomeando ministros que nada tinham a ver com a área. As novas tecnologias, o avanço da indústria, inovação, pesquisa e desenvolvimento, tudo está ligado à educação”, prosseguiu.
“Esta é uma pauta de luta não só dos profissionais da educação, mas de toda a classe trabalhadora. Nós queremos ter acesso a bons salários, melhores condições de trabalho, moradia e educação. O Brasil só será de fato um país competitivo quando a educação for tratada da maneira que merece. É estratégico para a soberania do país ter educação de qualidade”.
Contas zeradas
O Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica) informou que o bloqueio “zera as contas” da rede. A entidade falou que o cenário é dramático e cobrou esclarecimentos do MEC.
“O Conif e toda a Rede Federal aguardam o MEC oficializar o valor do corte e um posicionamento efetivo por parte do Ministério, na esperança de que esse novo indicativo não passe de um mal-entendido”, informou.
Com informações da CUT