Governo continuará agressivo nos investimentos, promete Dilma
A ministra-chefe da Casa Civil participou do seminário anticrise que reuniu mais de 1.500 pessoas ontem, em São Bernardo, e termina hoje.
Dilma: “País sairá mais forte da crise econômica”
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem, na abertura do seminário ABC do Diálogo e do Desenvolvimento, que o governo federal vai continuar a ser agressivo nos investimentos para incentivar o desenvolvimento e combater os efeitos da crise econômica mundial.
“O governo Lula vai manter essa política em ações como o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento),
que receberá cerca de R$ 500 bilhões nos próximos quatro anos, principalmente em obras de saneamento e infraestrutura”, disse ela.
A ministra acredita que o primeiro semestre deste ano será difícil, mas melhor que o último trimestre do ano passado, quando o PIB foi negativo. “O País tem todas as condições fiscais e monetárias para que o PIB e a taxa de crescimento aumentem”, declarou.
Come ou paga
Dilma relacionou as várias ações do governo federal para a superação da crise, citando a transferência de R$ 100 bilhões ao BNDES para empréstimos e a garantia de R$ 120 bilhões da Petrobras para a continuidade dos investimentos.
Disse que o governo finaliza o programa para a construção de 1 milhão de moradias, no qual o trabalhador que recebe até três salários mínimos vai pagar uma prestação simbólica. “Quem ganha até essa faixa de renda ou come ou paga a prestação da casa”, comentou.
Ela destacou também a importância do mercado interno como fator de resolução da crise, lembrando que as políticas sociais fizeram com que 20 milhões de pessoas passassem das classe C e D para a classe média.
Segundo a ministra, o Brasil está em condições melhores que outros países para enfrentar a crise pois, se antes o País quebrava, recorria ao FMI e obedecia à política recessiva do Fundo, hoje o governo é parte da solução.
“A crise é uma oportunidade única para o País sair dela mais forte economicamente, para ampliar a política social e passar a ter juros civilizados, sem ameaçar a estabilidade”, concluiu.