Governo discute forma de evitar falta de mão de obra
Em reunião com o presidente Lula, Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social defende educação como base para avanço do País
A falta de mão de obra especializada é uma das preocupações do governo para os próximos anos. O tema, inclusive, será debatido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma reunião, marcada para a próxima quinta-feira (26).
O CDES elaborou um documento, entregue ao presidente no mês de junho, com a Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento. No centro das medidas, segundo o conselho, está o investimento em educação para suprir a demanda por mão de obra qualificada nos próximos anos.
Participam da reunião, além do presidente Lula, o secretário executivo do CDES e ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o ministro da Educação, Fernando Haddad, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Machado Rezende, e o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.
A carta, inclusive, segue com recomendação para quem for eleito o próximo presidente da República. Na avaliação do CDES, o investimento no ensino regular e profissionalizante deve ser prioridade durante o mandato do próximo presidente.
Entre as medidas propostas pelo CDES está a reestruturação da carreira dos professores das escolas públicas, a implementação do ensino básico integral e até a criação de um fundo com recursos provenientes da exploração do petróleo do pré-sal para financiamento à educação.
Inovação
O CDES recomenda, também, o aumento do investimento privado em inovação tecnológica para o desenvolvimento do Brasil nos próximos anos. Atualmente, alerta o conselho, as empresas brasileiras investem cerca de 0,5% do PIB em inovação. Em países desenvolvidos como Japão e Alemanha, por exemplo, empresas privadas investem, proporcionalmente, três vezes mais.
Do IG