Governo estuda ajuda aos municípios e novas medidas para reduzir impostos
A avaliação é de que o governo adotou as medidas certas para enfrentar a crise, mas que ainda novas ações devem ser adotadas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar nos próximas dias um pacote de ajuda aos municípios quem também por causa da crise, tiveram queda em suas arrecadações. Entre as propostas para as prefeituras estão a diminuição das contrapartidas em obras do PAC, a diminuição do patamar das parcelas de dívidas com o INSS e eventuais mudanças no Fundeb.
O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse que o presidente anunciar medidas após reuniões com a equipe econômica nesta quarta e quinta-feira. “Essas reuniões é que vão dizer o que é viável”, afirmou Múcio.
Múcio relatou que durante a reunião de terça-feira (7) com o presidente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou um relatório sobre a situação da economia. “Ele informou que a economia já dá sinais de crescimento. O governo continua com a política de tomar decisões quando acende a luz amarela. Todas as medidas já foram tomadas para combater a crise? Não. Outras podem ser tomadas”, afirmou Múcio.
Na reunião, Mantega disse que a avaliação no mercado externo é de que o mercado brasileiro é segunda melhor opção para investidores, atrás apenas do mercado chinês. Múcio disse que na avaliação do grupo de coordenação houve um aumento considerável de repasses para o FPM, desde o início do governo Lula, em 2003, por causa de aumentos do INSS e do desenvolvimento econômico. Além disso, destacou o ministro, historicamente no primeiro trimestre do ano há uma redução no repasse. José Múcio ressaltou que a redução no FPM foi provocada, entre outros fatores, pela redução de incentivos à construção civil, e que, se não fosse isso, não seria possível a geração de empregos nos setores da construção e automobilístico.
Também na reunião, Mantega, apresentou dados positivos sobre a recuperação da economia brasileira diante da crise. A avaliação é de que o governo adotou as medidas certas para enfrentar a crise, mas que ainda novas ações devem ser adotadas.
“Devemos continuar com as mesmas preocupações, sem tratar a crise com desdém, sem desrespeito. Evidentemente somos otimistas, o quadro do Brasil é super favorável, dentro do quadro que o mundo vive e temos certeza de que se nós entramos na crise depois de todo o mundo, vamos sair antes de todo mundo”, disse Múcio.
A cúpula do governo ficou entusiasmada com uma pesquisa que o ministro da Fazenda apresentou mostrando que investidores de todo mundo apontam o Brasil como o segundo melhor mercado para aplicação de recursos. A economia brasileira perde apenas para a China. “Isso significa que o mundo olha pra nós como terra de bons investimentos e vão nós ajudar a gerar os empregos que precisamos”, afirmou.
Social
Ficou acertada ainda uma reunião do governo com um grupo de empresários para tratar da política social. A ideia é mostrar como ocorreu o fortalecimento do mercado interno.
“Vamos reunir o empresariado brasileiro para dizer onde está este fortalecimento, como isso aconteceu, como isso foi gerado, como houve uma movimentação das classes sociais mais baixas para as superiores”, disse.
Do PT