Governo federal inaugura a primeira das 100 escolas técnicas previstas para 2009
Com modelo político-pedagógico inovador, os institutos nascem conectados ao mercado de trabalho, focados no arranjo produtivo local de suas regiões
O governo federal inaugurou nesta terça-feira (17), no Distrito Federal, a primeira de um total de cem escolas técnicas previstas para serem concluídas neste ano em todo o País. A cerimônia teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que fez a inauguração oficial do campus Planaltina do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília.
Foram investidos R$ 5,5 milhões na unidade, que também contratou 30 docentes em 2008 e deve contratar outros 30 até 2010. No campus são oferecidos cursos técnicos de nível médio em agropecuária, agroindústria e guia de turismo a 450 alunos.
Com modelo político-pedagógico inovador, os institutos nascem conectados ao mercado de trabalho, focados no arranjo produtivo local de suas regiões. A Lei que criou os institutos determinou, ainda, que metade das vagas seja destinada a cursos de nível médio integrado à educação profissional. Além disso, 20% das vagas dos institutos federais são reservadas para oferecer cursos de licenciatura em matemática, física, química e biologia, áreas em que existe um déficit histórico de professores. Os 30% restantes das vagas vão para cursos superiores de tecnologia.
Regiões – A região Nordeste será contemplada com 33 novas escolas ainda em 2009 e estão previstas outras 28 unidades para o Sudeste. Na região Sul serão concluídas 16 escolas. O cronograma prevê ainda a construção de 12 unidades na região Norte e mais 11 escolas na região Centro-Oeste.
Os institutos federais são fruto da expansão da Rede Federal da Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Até 2005, o país contava com 140 escolas técnicas. Segundo o MEC, no final de 2010 haverá, no mínimo, 354 escolas técnicas em todo o país, e 500 mil vagas. Para tanto, serão investidos R$ 1,1 bilhão de recursos federais.
Evasão – O ensino médio é a etapa da educação básica na qual se registram os maiores índices de evasão – menos de 30% dos jovens de 18 a 24 anos chegam ao ensino superior. Sem perspectivas de ingressar na universidade, muitos deixam as salas de aulas. Com a educação profissional, o jovem conclui o ensino médio pronto para o mercado de trabalho. “Fica cada vez mais nítida a necessidade de se investir em educação profissional para o desenvolvimento do país”, ressalta o secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco.
Do Em Questão