Governo promete para abril medidas de estímulo às exportações
Governo e setores industriais, dentre eles a Anfavea, reuniram-se na segunda-feira 14 em São Paulo para discutir a competitividade dos produtos manufaturados brasileiros no Exterior, em evento capitaneado pela CNI, Confederação Nacional da Indústria. O encontro contou com a presença do ministro do desenvolvimento, indústria e comércio exterior e do presidente do BNDES.
De acordo com a Agência Brasil o ministro saiu do encontro com a promessa de que até meados de abril será definida a segunda edição da Política de Desenvolvimento Produtivo, PDP, que procurará direcionar os rumos da atividade produtiva a longo prazo. A primeira edição apoiou-se muito em estudo realizado pela Anfavea ainda à época do ex-presidente Jackson Schneider. A atual diretoria da entidade, encabeçada por Cledorvino Belini, também pretende divulgar estudo sobre a competitividade do setor em mais dois meses.
Ao órgão de imprensa governamental o ministro afirmou que “muitas sugestões dos empresários deverão ser agregadas ao esforço que o governo vem fazendo em defesa das cadeias produtivas. Não podemos ficar passivos: temos que avançar na direção de defender a nossa indústria e recuperar o espaço que tínhamos na exportação de manufaturados”.
Ainda de acordo com a Agência Brasil o ministro espera registrar superávit de US$ 10 bilhões na balança comercial de 2011.
Já de acordo com informações divulgadas pela CNI o presidente do BNDES informou que o Governo Federal reativará o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, CNDI, criado em 2004 mas que reuniu-se apenas uma vez. “Vamos recriar, fazer renascer o Conselho como uma entidade de alto nível voltada para discussão, acompanhamento e implementação da política industrial do governo.”
O CNDI será formado por catorze ministros e catorze representantes da indústria, mais o BNDES.
Importações – A FIESP divulgou na segunda-feira 14 seu cálculo de coeficiente de importação e exportação, ou CI e CE. Segundo a entidade 2010 fechou com CI de quase 22%, maior desde 2003, primeiro ano do estudo. O cálculo do índice determina, para a FIESP, a participação das importações no consumo aparente do País.
De acordo com a FIESP siderurgia foi o segundo segmento a mais crescer as importações no ano passado, atrás de preparação de couros e à frente de máquinas.
Já o CE, que representa o total exportado sobre a produção industrial brasileira, fechou 2010 em quase 19%, acima de 2009, 18%, porém abaixo de 2008, 19,6%. Equipamentos de transporte foi o terceiro segmento de maior alta, atrás de indústria extrativa e preparação de couro, pela ordem.
Da Autodata