Governo prorrogará incentivos para compra de caminhões
Programa de Sustentação do Investimento (PSI) será renovado por mais um ano
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o governo prorrogará por mais um ano o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), medida criada em junho de 2009, durante a crise internacional, e que terminaria no próximo dia 31 de dezembro. O programa oferece crédito subsidiado do BNDES para a aquisição de bens de capital, como caminhões, ônibus, máquinas e equipamentos, com juros mais baixos como forma de estímular os investimentos no País.
A prorrogação foi divulgada pelo ministro na quinta-feira, 29. “O PSI vai ser renovado, no entanto sofrerá algumas modificações”, disse Mantega, sem mencionar se manteria os juros praticados atualmente.
No fim de agosto, o governo realizou a quarta modificação do programa, batizada de PSI 4, reduzindo ainda mais as taxas de juros dos financiamentos contraídos pelo PSI. Para caminhões e equipamentos, incluindo máquinas agrícolas, a taxa passou de 5,5% ao ano para 2,5% a.a., com vigência até 31 de dezembro. Para o segmento de ônibus, a taxa foi reduzida dias depois, atendendo pedido da Fabus, associação das fabricantes de chassis.
A redução trouxe alívio para os fabricantes de veículos comerciais. O próprio ministro mostrou a evolução do mercado de caminhões durante sua explanação na 32ª Reunião do Fórum Nacional da Indústria, promovido pela CNI e realizada na sexta-feira, 23, em São Paulo. A partir de dados da Fenabrave, o ministro mostrou que a média diária de licenciamento de caminhões cresceu 31% e passou de 517 unidades em outubro para 677 unidades em novembro, considerando vendas até o dia 14 deste mês.
Mantega afirma que a meta é transformar os investimentos no “carro-chefe” da economia, crescendo 8% em 2013 e 12% em 2014, recuperando-se do tombo deste ano, quando devem recuar até 3%.
A prorrogação do PSI faz parte do que o ministro chamou de “mais medidas de pró-crescimento da economia”. Além dela, o governo incluirá mais setores na lista de beneficiados pela desoneração da folha de pagamento.
“Vamos continuar desonerando porque o custo da mão de obra é fundamental para dar competitividade às empresas brasileiras. Não posso antecipar porque estamos discutindo com os setores. Estamos vendo qual é a alíquota, se cabem todas as empresas do setor. A generalização da desoneração da folha é um processo que vai ocorrer ao longo do tempo, de modo que em algum momento teremos uma desoneração plena da economia.”
Com Folha Online e Automotive Business