Governo quer elevar investimento em inovação
Gastos com pesquisa e desenvolvimento devem aumentar em torno de R$ 37 bilhões
Com o retorno de alguns de seus maiores defensores ao governo, o foco na inovação volta a ganhar força e deve ser o destaque da segunda versão da PDP (Política de Desenvolvimento Produtivo), a ser divulgada em abril.
A chamada PDP2 terá como uma de suas principais metas a elevação do gasto em pesquisa e desenvolvimento para algo entre 0,9% a 1% do PIB (Produto Interno Bruto, ou a soma das riquezas de um país) até 2014. Em valores atuais, algo em torno de R$ 37 bilhões. Hoje o porcentual é de apenas 0,5%.
A primeira PDP foi criada em 2008. Apesar de ter entre seus objetivos incentivos à inovação, o programa acabou mais voltado aos segmentos mais competitivos da indústria, em boa parte setores tradicionais ligados a recursos naturais.
A formulação da PDP2, no entanto, está sendo fortemente influenciada pela visão, dentro do governo, de que é preciso inovar em toda a base industrial para enfrentar a concorrência dos outros países nos mercados interno e externo.
O presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Glauco Arbix, é um dos representantes do grupo em defesa da inovação, que voltou ao governo com a posse da presidente Dilma Roussef.
– Não é todo investimento que gera inovação, mas, para aumentar a taxa de investimentos em geral, tem de inovar.
Ele integra um time ligado aos ministros Antonio Palocci (Casa Civil) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), que ganhou força neste início do governo Dilma e está dividindo a definição da estratégia industrial do País com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho.
Da Agência Estado