Grandes fortunas não terão imposto


Senado rejeita imposto sobre grandes fortunas

Os senadores da Comissão de Assuntos Econômicos rejeitaram o projeto que instituía o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), cuja regulamentação consta da terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH).
Com a negativa, foi engavetada a matéria que tramitava há quase dez anos no Congresso Nacional e tributaria em 1% as fortunas acima de R$ 10 milhões.
Antônio Augusto de Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), já havia alertado que as chances do Congresso Nacional aprovar o imposto eram baixíssimas.
“Com exceção dos partidos de esquerda, as demais siglas têm parlamentares que são empresários e seriam afetados diretamente por essa regulamentação” disse.
“Mesmo com o interesse do governo, dificilmente eles aceitarão o IGF”, completou.
Radicalmente contra
De nada adiantou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), um dos poucos parlamentares favoráveis ao projeto, explicar que as pessoas taxadas pelo IGF seriam isentas dos demais tributos. A maioria da comissão se manteve contra.
“O PSDB é radicalmente contra”, afirmou o senador Flexa Ribeiro PA), resumindo a posição dos demais partidos da oposição.