Greve completa 21 dias com 43 mil trabalhadores parados e Fenaban chama bancários para negociação
De acordo com balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, ontem (8), houve a paralisação em 558 locais de trabalho (sendo 536 agências bancárias e 22 centros administrativos), na base do Sindicato. Estima-se que cerca de 43 mil trabalhadores participaram da greve. Durante todo o período de greve, o autoatendimento continua funcionando normalmente.
Os grandes centros administrativos de São Paulo (Brigadeiro, ITM, Tatuapé, Tecnológico Operacional e Raposo, do Itaú; os Casas 1, 2 e 3 e call center, do Santander; Nova Central, Telebanco, Prime e Núcleo Alphaville, do Bradesco; complexos São João, 15 de Novembro e Verbo Divino, do Banco do Brasil) pararam suas atividades nesta terça-feira.
“Amanhã vamos completar 21 dias de greve, uma das maiores dos últimos oito anos. Nesse período apenas em 2011 tivemos uma greve tão longa e a responsabilidade é dos banqueiros, que já poderiam ter resolvido a campanha da categoria”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Bancos anunciam volta à mesa um dia depois da maior mobilização dos bancários nos últimos tempos
A federação dos bancos vai retomar a mesa de negociação com o Comando dos Bancários. Uma reunião foi marcada para amanhã (10), às 10h, em São Paulo.
“Esperamos que a Fenaban volte para a mesa para apresentar proposta que possa ser aceita pelos bancários”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional, Juvandia Moreira. “Os bancos são um dos setores mais lucrativos do país e podem melhorar o que apresentaram aos trabalhadores. Já sabem que sem aumento real maior, valorização do piso, dos vales, da PLR e melhoria nas condições de trabalho, a campanha não se encerra”, completa a dirigente
Em greve desde 19 de setembro, os bancários querem aumento real de salários, valorização do piso, da PLR, dos vales e auxílios, além de melhoria nas condições de trabalho. A categoria reivindica, ainda, novas conquistas como o abono-assiduidade para todos e o vale-cultura.
Do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região