Greve da Polícia Civil: aliados de Serra adiam votação do reajuste da categoria
Decisão ficará para a semana que vem; policiais estão em greve há mais de 40 dias
A base parlamentar do governo de São Paulo faltou nesta quinta-feira (6) à reunião que votaria pareceres dos projetos de leis complementares (PLCs) 57,59, 60 e 61, que envolvem o reajuste salarial da Polícia Civil, no congresso de comissões da Assembléia Legislativa.
Com isso, a votação final em plenário só poderá ser feita na semana que vem, contrariando a previsão do presidente da casa, Vaz de Lima (PSDB), de votá-los até hoje (7) para atender ao pedido de urgência feito pelo governo do estado de São Paulo.
“A base aliada não está mais disposta a fazer congressos que se transformem em atividades circenses”, disse o líder do governo, deputado estadual Barros Munhoz (PSDB), em referência à tentativa da oposição de atrasar as votações.
O congresso de comissões desta quinta-feira (6) votaria as emendas de plenário apresentadas para elevação salarial de 15% neste ano, retroativa a março, seguida de dois aumentos de 12%, um em 2009 e outro em 2010, que foram apresentadas em primeira votação na madrugada de quarta-feira (5).
Em mensagens aditivas aos projetos enviadas nesta quarta-feira (5), o governador José Serra fez uma nova proposta de reajuste salarial de 6,5% retroativo a partir de 1º de novembro de 2008, seguido por outro aumento de 6,5% no ano que vem. Os policiais continuam rejeitando a proposta do governo e a oposição promete tentar atrasar mais as votações dos PLCs.
“Vamos continuar fazendo obstrução”, disse o líder da minoria, Ênio Tatto (PT).
Como não houve quórum nesta quinta, o presidente da casa, Vaz de Lima (PSDB), pode nomear um relator especial para analisar os projetos apresentadas no lugar da Comissão de Constituição e Justiça. Após a entrega desse relatório, faltam ainda os pareceres das comissões de Segurança Pública e de Orçamento.
A nova previsão da liderança do governo é votar os projetos em plenário na terça-feira (11).
Do G1