Greve dos bancários começa nesta quinta-feira (19)
São 2.835 agências bancárias na base do Sindicato e 22.637 no Brasil
Bancários de todo o país param a partir desta quinta-feira (19), por tempo indeterminado. A categoria entregou pauta com as reivindicações no dia 30 de julho e, após quatro rodadas de negociação com a federação dos bancos (Fenaban), não houve acordo para o índice de reajuste. Os bancários reivindicam índice de 11,93% (aumento real de 5%) e os bancos propõem 6,1% (sem aumento real). Diante do impasse, assembleias em todo o Brasil, feitas no dia 12, definiram greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira 19. Hoje (18) haverá assembleia organizativa na Quadra dos Bancários a partir das 19h.
Durante esse período, os caixas de autoatendimento vão continuar funcionando para atender à população. O direito de greve está previsto na Constituição Federal e estabelece algumas exigências, como a publicação de aviso de greve em jornal de grande circulação. O Comando Nacional dos Bancários também encaminhou às instituições financeiras o calendário até a deflagração da greve (por lei, a greve deve ser aprovada em assembleia dos trabalhadores e, após isso, comunicada ao empregador com antecedência de 72 horas): assembleia nos dias 12 e 18, com paralisação a partir do dia 19. Essas determinações da lei foram rigorosamente seguidas pelo Sindicato. Para o empregador, a Lei de Greve proíbe a dispensa de trabalhadores ou a contratação de funcionários substitutos durante a greve.
“Esperamos que os bancos retomem as negociações o mais rápido possível, com reajuste compatível com a riqueza do setor. Só assim a greve vai acabar”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região