Greve dos motoristas paralisa 60% das empresas de ônibus em São Paulo

Paralisação afeta 675 linhas diurnas e 6.008 ônibus, que transportariam 1,5 milhão de passageiros no pico da manhã

Foto: Divulgação

Os motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista estão em greve desde a 0h desta quarta-feira (29). Cerca de 60% das empresas estão paradas e 40%  estão operando, segundo Walmir Santana da Paz (Sorriso), presidente em exercício do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas).

De acordo com a SPTrans, a paralisação afeta 675 linhas diurnas e 6.008 ônibus, que transportariam 1,5 milhão de passageiros no pico da manhã.

Sorriso afirma que o sindicato irá aguardar o resultado da reunião que irá discutir os pleitos da categoria, prevista para ocorrer às 15h desta quarta.

De acordo com o sindicato dos motoristas, o motivo da greve é a falta de atendimento de outros itens da pauta de reivindicações. Na semana passada, após 15 horas de paralisação, a categoria conquistou reajuste de 12,47% no salário e no ticket refeição. Agora, a luta é por itens como hora de almoço remunerada, pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), adequação de nomenclaturas e plano de carreiras do setor de manutenção.

“As reivindicações que não foram atendidas, o que está em ponto em discussão hoje é a questão da nomenclatura no setor de manutenção, PLR da categoria, temos o horário de almoço que é descontado da hora extra da categoria, que, na teoria, eles dizem que dá uma hora, mas isso não acontece, na prática, isso não acontece, e temos também a questão do desconto no vale refeição. Nós passamos por um período de pandemia onde ninguém pediu para ficar doente e a primeira ação da empresa é punir o trabalhador com desconto do seu vale-refeição”, afirmou.

A prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de veículos. As faixas de ônibus também estão liberadas para os veículos.

Medidas operacionais

As linhas que operam no Terminal Campo Limpo foram estendidas até o Vila Sonia para permitir conexão com o sistema metroviário.

Linhas que operam nos terminais Vila Nova Cachoeirinha e Casa Verde foram estendidas até Barra Funda e Santana.

Uma linha do Terminal Varginha foi estendida até o Grajaú, onde há conexão com a linha da CPTM.

Durante a madrugada, 88 linhas do Noturno, de 150, não operaram.

A partir das 4h, a operação em todas as garagens dos grupos estrutural e de articulação regional foi interrompida, exceto na Express, na Zona Leste. O Grupo Local de Distribuição não foi afetado.

As vans do serviço Atende+, que transportam pessoas com deficiência de alto grau de severidade, estão operando normalmente.

Da CUT Nacional com informações do G1