Greve exige readmissões e estabilidade na Magneti Marelli
Apesar do protesto, a direção da empresa ainda não se pronunciou. "Queremos discutir alternativas às demissões, pois o trabalhador não pode pagar o custo de uma crise que não foi provocada por ele", protestou o diretor do Sindicato Carlos Alberto Gonçalves, o Krica
Os trabalhadores na Magneti Marelli/Cofap, em São Bernardo, pararam a produção na sexta-feira contra as 160 demissões anunciadas e exigindo a assinatura de acordo garantindo estabilidade no emprego.
Apesar do protesto, a direção da empresa ainda não se pronunciou. “Queremos discutir alternativas às demissões, pois o trabalhador não pode pagar o custo de uma crise que não foi provocada por ele”, protestou o diretor do Sindicato Carlos Alberto Gonçalves, o Krica.
Os companheiros nas unidades da Magneti Marelli em Santo André e Mauá também realizaram movimento, parando a produção na sexta-feira.
Negociações – Krica lembrou que a empresa apresenta dificuldades desde outubro, quando realizou cerca de 100 dispensas alegando queda na produção.
Em dezembro, os companheiros permaneceram em licença remunerada. Neste ano, depois do retorno ao trabalho, a Magneti Marelli/Cofap anunciou as novas demissões. Ela voltou a culpar a crise mundial, já que 80% da sua produção são destinadas ao mercado norte-americano.
“Insistimos em negociar alternativas e, para tanto, os trabalhadores podem parar novamente a produção.Também não descartamos atos conjuntos com os trabalhadores das fábricas de Santo Andre e Mauá”, avisou Krica.
Da Tribuna Metalúrgica