Greve geral paralisa fábricas e transportes em Portugal
Redução dos salários dos funcionários públicos e elevação dos impostos motiva a paralisação
A greve geral convocada por sindicatos de Portugal para protestar contra os planos do governo de cortar o déficit orçamentário por meio da redução dos salários dos funcionários públicos e da elevação dos impostos teve grande adesão principalmente nos setores de transporte, saúde e serviços municipais.
De acordo com um comunicado distribuído por e-mail pelo sindicato Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses (CGTP), duas das mais importantes linhas de trem que chegam a Lisboa foram suspensas e mais de 500 voos foram cancelados. Os portos do país também foram paralisados. Além disso, 100% dos trabalhadores da fábrica Volkswagen Autoeuropa entraram na greve.
“A política orçamentária vai penalizar as famílias com aumentos de impostos e cortes de salários”, disse Francisco Louca, líder do partido Bloco de Esquerda, o quarto maior no parlamento português. “A greve é um sucesso extraordinário no transporte público de Lisboa, do Porto e no restante do país, nos serviços públicos e em hospitais, com médicos, enfermeiras e equipe administrativa defendendo o sistema de saúde nacional”, disse Louca.
Sindicatos que representam 650 mil trabalhadores anunciaram apoio à greve geral – a primeira desde 2007. A greve foi convocada depois que o governo anunciou uma segunda rodada de medidas de austeridade neste ano para aumentar os esforços para atingir as metas estabelecidas para o déficit orçamentário. Em setembro, o governo anunciou mais um aumento no imposto sobre valor agregado, de 21% para 23%, em 2011, junto com um corte de 5% nos gastos estatais com salários.
Percentagens de paralisação segundo a CGTP:
Soflusa – 100%
CNE Cimentos Nacionais e Estrangeiros – 100%
Câmaras:
Vila Nova de Famalicão – 100%
Portalegre – 100%
Palmela 100%
Gavião – 100%
Loures – 100%
Avis – 100 %
Coimbra – 100 %
Guimarães – 100%
Coimbra – 100%
Almada – 100 %
Loulé – 100%
Hospitais e outros serviços de saúde:
Universidade de Coimbra – 100%
Pombal – 100%
Peniche – 100%
Instituto de Oncologia de Coimbra – 100%
Capuchos – 100%
Misericórdia de campo maior – 100%
Lar Alcântara Botelho – 100%
Outras empresas:
Isporeco – 100%
EDP – Distribuição energia, sa – 100%
Visteon portuguesa, lda – 100 %
Saint-gobain sekurit portugal s.a -100%
Portucel embalagem sa – 100%
Amorim revestimentos sa – 100 %
Rodoviária entre Douro e Minho – 100%
Imprensa Nacional Casa da Moeda – 100%
Aeroporto de Lisboa – 100%
Com informações da Agência Estado e da Esquerda.Net