Grito dos Excluídos e Campanha ‘Fora, Bolsonaro’ ocupam Anhangabaú no 7 de setembro
A mobilização organizada no chamado Dia da Independência luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda
Os atos da Campanha Nacional ‘Fora, Bolsonaro’ e do tradicional Grito dos Excluídos ocuparão as ruas de diversas cidades do país na próxima terça-feira, 7 de setembro. A justiça determinou que os movimentos sociais e sindical estão autorizados a realizar manifestação no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, e que o governador João Doria (PSDB) garanta a segurança dos manifestantes. O ato na capital paulista está marcado para às 14h.
Os movimentos sociais pleiteavam realizar o ato na Avenida Paulista, palco do Grito dos Excluídos há mais de duas décadas. No entanto, o governador autorizou os atos bolsonaristas antidemocráticos, que também pediram o local para o mesmo dia.
A 27ª edição do Grito dos Excluídos tem como lema este ano “vida deve estar em primeiro lugar”. A mobilização organizada no chamado Dia da Independência luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda.
Tanto os movimentos sociais que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo como os sindicatos filiados à CUT também estão mobilizando suas bases para ocupar às ruas.
“Todas as ações deste governo contribuem para mergulhar o país em uma crise social e econômica cada vez mais profunda e atacam severamente os direitos dos trabalhadores. Vamos botar o bloco na rua contra Bolsonaro”, chamou o presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
Reforma trabalhista derrubada
Uma das pautas dos trabalhadores previstas para as manifestações era também a derrubada da nova reforma Trabalhista, a MP nº 1045. O texto, entretanto, foi derrotado ontem no Senado por 47 a 27.
A reforma foi fortemente combatida pela CUT e demais centrais, que atuaram nas ruas, nas redes sociais e no Congresso Nacional, conversando com os parlamentares, explicando os prejuízos para o país e para o povo.
“A intervenção do movimento sindical debatendo com o Senado federal, a pressão por meio das centrais e a mobilização da sociedade foram fundamentais para a derrubada dessa medida. É uma importante conquista dos trabalhadores, mas não podemos nos acomodar, esse governo tem um projeto contra a classe trabalhadora, precisamos estar atentos”, ressaltou Wagnão.
Jabutis rejeitados
Com a desculpa de que as medidas gerariam empregos para os jovens, os deputados aprovaram uma reforma Trabalhista que criava novos regimes de contratação sem direitos a férias, 13º salário, carteira assinada, FGTS e outros direitos.
Os senadores contrários à reforma reagiram, apontando os chamados “jabutis”, itens que os deputados colocaram no texto da MP e que nada tinham a ver com a medida original, destinada apenas à recriação do programa de redução de jornadas e salários e suspensão de contratos. O senado também rejeitou a recriação deste programa.