Grito dos Excluídos e Excluídas completa 30 anos com atos em várias partes do país
O lema escolhido para este ano foi “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”
No último sábado, 7 de setembro (feriado de Independência do Brasil), as tradicionais manifestações do Grito dos Excluídos e Excluídas, que completaram 30 anos em 2024 , reuniram milhares de pessoas em várias partes do país, em São Paulo o ato ocorreu na Praça da Sé.
A mobilização organizada por movimentos populares, organizações sociais e entidades sindicais, entre elas a CUT, tem como principal objetivo de dar voz às pautas de segmentos minorizados da sociedade como a população negra, os indígenas, mulheres, LGBTQIA+, população em situação de rua, movimentos que lutam por moradia digna, entre vários outros.
O lema escolhido para este ano foi “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”, com o intuito de chamar a atenção para as desigualdades sociais e para os mais vulnerabilizados, além de denunciar as injustiças geradas pelo sistema capitalista e refletir sobre um novo projeto de sociedade.
“É urgente que tenhamos um país onde a igualdade e a justiça social sejam prioridades, a fim de construirmos uma sociedade mais justa e perfeita, e essa pauta diz respeito a todas as esferas de governo municipal, estadual e federal”, destacou o vice-presidente do Sindicato, Carlos Caramelo.
O dirigente lembrou ainda a lógica que originou as manifestações no sentido de combater os tradicionais desfiles de 7 de setembro, utilizados pela ditadura com o intuito de reforçar o controle social por meio da repressão. “Como contraponto, o ‘Grito’ propôs o espaço para o povo “desfilar”, reivindicando direitos, cidadania e dignidade, afinal a independência do país parte do pressuposto da liberdade. Nos dias de hoje, o convite é o mesmo, não podemos ficar assistindo na arquibancada, vendo algumas pessoas praticando o ódio e criando fake news para chegar ao poder. Devemos estar atentos a quem a pouco tempo atrás despejou famílias, tirou direito da aposentadoria dos trabalhadores e agora quer governar as cidades”, completou.