Grupo 10 mostra a cara

Será amanhã cedo a primeira rodada de negociação com os patrões do Grupo 10 que se recusaram a mostrar a cara durante toda a campanha salarial.

O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT), Adi dos Santos Lima, não vai com muita perspectiva à reunião. “Acredito que eles dirão que não reconhecem a mudança da data-base e vão querer esticar as negociações para um eventual acordo mês que vem”, previu o dirigente.

Enquanto isso, os metalúrgicos do ABC seguem fazendo mobilizações e acordos diretamente com as empresas do setor. Ontem foi feito com a Colnachi, de Santo André, que garante reajuste de 9,57% e antecipação da data-base. 

Grupo 9
A FEM rejeitou a proposta de reposição da inflação oferecida ontem pelo Grupo 9. Os patrões querem deixar para novembro a discussão sobre aumento real. “Sem uma proposta fechada e com aumento real mínimo de 4% não tem acordo”, disse Adi. Dia 14 tem nova rodada de negociação.

Ontem também foi dia de mobilização na B.Grob, de São Bernardo, e na Arlen, de Diadema, fábricas do Grupo 9. “O recado foi claro.

Se não houver proposta para acordo coletivo vamos intensificar a mobilização”, disse o diretor do Sindicato José Paulo Nogueira, na assembléia dos companheiros que pararam por uma hora na B. Grob.