Grupo 9: Dia de protestos pelo interior

Cerca de 3.000 metalúrgicos de cinco empresas do Grupo 9 em quatro cidades do interior realizaram atos de protesto para exigir acordo coletivo com aumento real e cláusulas sociais.

Cerca de 3.000 metalúrgicos de cinco empresas do Grupo 9 realizaram atos de protesto no interior do Estado para exigir acordo coletivo que garanta reposição da inflação, aumento real e manutenção das   cláusulas sociais assegurando os direitos e benefícios da categoria.

Em Sorocaba, a mobilização de ontem envolveu os 350 companheiros na Enertec e os 400 na Andrew.

Na Enertec, empresa de baterias, a assembléia durou das 6h às 8h. Durante a assembléia, os diretores do sindicato da cidade reafirmaram a disposição de lutar por um bom aumento real como forma de reduzir as desigualdades de renda do País.

Já os companheiros na Andrew, fábrica de parabólicas, atrasaram a produção por uma hora exigindo que a direção da empresa faça pressão junto ao grupo patronal, que ainda se recusa a assinar acordo coletivo.

Em Jaguariúna, os 1.500 metalúrgicos na Selectron, empresa de eletroeletrônicos, atrasaram a entrada por um hora e meia, das 6h às 7h30. A manifestação contou com a participação de dirigentes sindicais de Salto, Taubaté, Pindamonhangaba, Rio Claro e Itu.

Em Matão, o protesto envolveu os 300 companheiros na Bombosi, empresa de máquinas de solda.

1% é pouco

Durante o ato, os sindicalistas disseram que estão recusando propostas de empresas oferecendo reposição da inflação e aumento real em torno de 1%.

“É muito pouco, uma vez que conquistamos 3% de real no Sindipeças e na Fundição. E esses 2% fazem uma grande diferença”, disse Adi dos Santos Lima, presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT).

Ainda dentro da mobilização de campanha salarial, na quarta-feira os 500 trabalhadores na Cestari, a maior metalúrgica em Monte Alto, cruzaram os braços por duas horas e meia.

Adi disse que o Grupo 9 não quer saber de conversa sobre a assinatura do acordo coletivo. “Temos de fazer nossa parte e continuar com a mobilização”, concluiu.