Grupo 9: Luta vai buscar acordo por empresa
Por causa da má vontade do Grupo 9 em aceitar um acordo coletivo, a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT orientou os sindicatos a assinar acordos por empresa. Pessoal na Makita aprovou o seu ontem. Protestos irão prosseguir.
A categoria insistiu e procurou levar as negociações às últimas consequências, mas o Grupo 9 não quis o acordo coletivo.
Diante da impossibilidade de negociação, na sexta-feira a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) orientou os sindicatos a fazer acordo por empresa, desde que garantam a reposição da inflação, 3% de aumento real e renovação das cláusulas sociais.
Eles devem ser semelhantes aos acordos já firmados com montadoras, Sindipeças e Fundição.
E foi com base neles que o Sindicato fechou acordos com a Makita e a Otis, em São Bernardo. Na Panex, assembléia ontem exigiu uma proposta da fábrica.
Semana passada, anunciaram reajuste igual a SMS e KenPack, em Diadema; Polimold, Exacta Master, Elvi e Termomecânica, em São Bernardo. Agora, elas também terão de assinar o acordo.
Pressão continua
Mesmo com a nova estratégia, continua a pressão sobre as empresas do Grupo 9, como ocorreu sexta-feira na Thyssen, em Diadema, pela segunda vez em dez dias.
A ordem é seguir com a mobilização e se o patrão não quiser a fábrica parada deverá procurar o Sindicato para assinar acordo.
Bancários param amanhã
Os bancários definem hoje os detalhes da paralisação de 24 horas programada para amanhã. O objetivo é pressionar a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a oferecer proposta superior aos 4% de reajuste mais o abono de R$ 1.000,00.
A categoria reivindica 11,77% de reajuste (inflação mais aumento real) e pede a compreensão e solidariedade dos trabalhadores para a luta.
Além do reajuste, os bancários querem mudanças na PLR, que passaria a valer um salário mensal acrescido de R$ 788,00 (hoje vale 80% de um salário mais R$ 733,00). Para a PLR, a Fenaban propõe a aplicação de 4% sobre o adicional de R$ 733,00.
A categoria, que tem data-base em setembro, promete deflagar greve geral a partir de 6 de outubro se as negociações não avançarem.
Petroleiros
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) também continua nesta semana a negociação com a Petrobras. A categoria, que ainda não recebeu uma proposta, pede reajuste de 9,89% mais aumento real.
Os petroleiros também querem a unificação dos pisos salariais, reorganização de cargos e salários e mudanças no funcionamento do fundo de pensão Petros.