Grupo 9: Sem acordo pressão continua
Protestos na Termomecânica na sexta-feira e na B.Grob, ontem, marcaram a mobilização dos metalúrgicos nas fábricas do Grupo 9. Hoje tem mais manifestações.
Protestos na Termomecânica e B.Grob
Os trabalhadores na Termomecânica e B.Grob, em São Bernardo, realizaram atos
de protesto na sexta-feira e ontem, exigindo pressão dessas empresas junto ao
Grupo 9 para a assinatura de acordo coletivo garantindo reposição total da
inflação, aumento real e melhorias nas cláusulas sociais.
O ato na Termomecânica aconteceu na sexta-feira durante duas horas, entre às
6h e 8h, e o protesto prejudicou toda a produção da fábrica no primeiro
turno.
O diretor do Sindicato José Paulo Nogueira disse que novos protestos devem
ser realizados na Termomecânica, pois a direção da empresa é das mais
reacionárias.
Tanto, que proibiu os companheiros da noite de sair da fábrica às 6h, no
final do turno. “Para não prejudicar ainda mais esse pessoal decidimos por um
protesto de duas horas. A fábrica sempre trata o pessoal como trabalhador de
segunda classe”, afirmou Zé Paulo.
Ontem, o protesto aconteceu na B.Grob, que ficou com a produção interrompida
durante todo o dia.
“Queremos 3% de aumento real, controle das horas extras e mudança da
data-base para setembro”, avisou Zé Paulo.
Ele disse que os protestos vão continuar aqui na região e também no interior
do Estado. “Estamos preparando uma novidade aos patrões”, comentou ele.
Pica-Pau continua acampado
Durante o ato de ontem na B.Grob, Zé Paulo disse que eram dois os
motivos da paralisação da produção na empresa pois, além da fábrica
pertencer ao Grupo 9, ela vem sendo denunciada junto aos organismos
internacionais pela prática de atividade anti-sindical.
O companheiro Luís Sérgio Batista, o Pica-Pau, continua acampado em frente à
portaria da empresa reivindicando o fim das perseguições na B.Grob.
Para Zé Paulo, a luta de Pica-Pau é uma luta de toda a categoria. “O
acampamento vai continuar até que a empresa reveja suas práticas”, concluiu.