Grupo angolano visita Diadema nesta quarta-feira

O maior interesse da delegação durante a passagem por Diadema é entender como a sociedade civil organizada pode incidir nas políticas públicas de uma cidade, além de apreender as práticas de gestão pública vinculadas ao combate à pobreza, moradia, trabalho e participação comunitária

Diadema recebe nesta quarta-feira (27) a visita de um grupo de representantes do governo e da sociedade civil de Luanda, capital de Angola, coordenada pela organização não-governamental CEERT (Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdades). A delegação africana pretende apreender as políticas públicas de habitação, trabalho e assistência social do município.

Além das autoridades angolanas, o grupo é formado por membros da DIG (Development Innovations Group), entidade responsável pela implementação do projeto Urbis, que apoia a capacitação e o crescimento estratégico de organizações de base de combate à pobreza. O Urbis auxilia grupos representantes de populações de baixa renda a melhorar sua habilidade de influenciar políticas e decisões relacionadas ao planejamento e desenvolvimento em contextos urbanos.

O maior interesse da delegação durante a passagem por Diadema é entender como a sociedade civil organizada pode incidir nas políticas públicas de uma cidade, além de apreender as práticas de gestão pública vinculadas ao combate à pobreza, moradia, trabalho e participação comunitária de Diadema. Para isso, o grupo visitará, no período da manhã, alguns programas de interesse social do município, com destaque para as instalações da, Recad (Rede de Atenção a Criança e Adolescente de Diadema), que atua para assegurar e ampliar os direitos de cidadania e as práticas que buscam o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. Formada por organizações governamentais e não-governamentais, conselhos setoriais e o Sistema de Justiça, atualmente, a Recad atende, em média, 22 mil crianças e adolescentes.

Também integra o roteiro diurno visita à Casa Beth Lobo, que há 18 anos, completados este mês, congrega políticas públicas de combate à violência doméstica contra a mulher. Referência nacional e internacional, a casa oferece acompanhamento social, psicológico e jurídico que ajuda no resgate da autoestima e a dignidade de diversas mulheres. A casa foi a primeira do gênero a ser criada no ABC e conta com assistentes sociais, psicólogos, educadores e quadro jurídico. Aproximadamente 40 mulheres são atendidas por mês pela casa.

Para finalizar a passagem pela cidade, à tarde o grupo conhecerá as ações de urbanização no Núcleo Habitacional Nova Conquista, que recebeu pavimentação e infra-estrutura básica, tratamento de esgoto, implantação de redes de água, rede elétrica com ligação e iluminação pública, intervenções que melhoraram a qualidade de vida de mais de 1,4 mil famílias.

Do Repórter Diário