Guerra no Trabalho

No Estado de São Paulo, pólo industrial mais desenvolvido e moderno do País, um trabalhador morre a cada hora e meia vítima de acidente de trabalho.

Dados mundiais

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, morrem anualmente no mundo todo aproximadamente dois milhões de trabalhadores e, entre estes, doze mil são crianças, vítimas da exploração do trabalho infantil.

No Brasil as estatísticas são absurdamente falhas pois levam em conta apenas os trabalhadores com registro em carteira.

Mesmo entre esses trabalhadores estima-se que apenas um em cada cinco acidentes são notificados oficialmente.

Entre milhares de mortes que acontecem na idade pós-aposentadoria, raramente se estabelece relação entre a doença que levou à morte e a exposição aos fatores de risco no trabalho como o amianto, benzeno, sílica, chumbo entre outros.

Vítimas lembradas

Hoje, 28 de abril, é o Dia Internacional em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. A data tem como principal objetivo expor à sociedade as dimensões dessa barbárie e estimular a reflexão e o debate para a necessidade da ação dos vários atores sociais na luta pela melhoria das condições de trabalho, saúde e segurança.

Debate no Sindicato

Para provocar o debate e estimular a reflexão sobre o problema, o psicanalista Eduardo Losicer abordará hoje a noite o tema do sofrimento no trabalho e suas consequências danosas à saúde e à vida dos trabalhadores. É crescente na categoria o número de casos de suicídio, distúrbios psíquicos como depressão, síndrome do pânico, estresse e da dependência química por álcool, drogas ilegais e medicamentos. Sua presença enriquecerá esse debate. Compareça!

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente