GWM escolhe caminho diferente da BYD com picape a diesel para o Brasil

Muita gente entranhou quando a GWM, no ano passado, na China, deu indícios de que sua primeira picape no Brasil não seria eletrificada. As novas marcas chinesas em nosso mercado apostaram na eletrificação para se diferenciar das montadoras que aqui já estavam, as clássicas do setor. Foi nessa pegada de “carro na tomada” que BYD, a própria GWM, Omoda & Jaecoo e outras chegaram e, rapidamente, ganharam centenas de clientes e garagens pelo Brasil.

Já no mundo dos utilitários tudo indica que o caminho será diferente. A BYD inovou com a primeira picape média híbrida plug-in ao trazer a Shark. Movida a gasolina e com pegada esportiva, o utilitário não empolgou os picapeiros e pouco mais de 1 mil unidades foram emplacadas em quase um ano. E não foi só o preço de R$ 379.800 que assustou. A BYD até realinhou o preço para R$ 339 mil (promocional), mas as vendas ainda não dispararam.

Talvez foi assistindo de camarote a essa jornada árdua da Shark que a GWM preferiu investir na Poer, uma média movida a diesel, montada sobre chassi, com robustez para o trabalho e conforto para a família. Pelo menos essa é a teoria com encanto visual a bordo e rodada elegante nas ruas. Outra “ousadia” da GWM foi ter ofertado 10 anos de garantia para motor, transmissão, eixos, freios, direção e ar-condicionado, além de cinco anos para suspensão, acabamentos internos, central multimídia e demais itens.

Aqui ela claramente mirou na Toyota, que oferece o mesmo tempo para sua gama no Brasil. Ao que tudo indica, portanto, é que a estratégia da GWM pode dar certo em nosso mercado, mesmo sem a presença da eletrificação. Aliando isso à produção nacional que está iniciando, os ventos parecem soprar a favor da gigante chinesa. A concorrência que fique atenta para a proposta dos asiáticos que não vai parar de sacudir o setor nem tão cedo.

Do UOL