GWM fará híbridos no Brasil antes da BYD
Segundo a fabricante, toda a linha do SUV médio será feita na fábrica de Iracemápolis, no interior paulista
Após várias confirmações de início de produção desde 2023, a GWM finalmente começará a produzir carros em sua planta de Iracemápolis, no interior paulista. A informação veio por meio da própria marca durante a apresentação do SUV Tank 300, que foi lançado na última semana e chegará ao mercado ainda em abril. A última posição que tínhamos da marca era de que a montagem começaria em maio. No entanto, ainda há alguns detalhes para serem acertados na produção, que agora tem data marcada para começar durante o primeiro semestre. Ou seja: até junho.
O foco inicial da fábrica deverá ser na linha de SUVs Haval, contemplando os H6 PHEV, HEV e a versão cupê GT. A linha de utilitários deverá estrear motorização 1.5 turbo flex, tanto para o híbrido quanto para o híbrido plug-in. Hoje, apenas a Toyota com Corolla e Corolla Cross oferece híbridos flex, mas são plenos, não plug-ins como os Haval H6. Inicialmente, a GWM faria a produção em regime CKD, com os carros chegando importados da China já parcialmente montados.
No entanto, os veículos serão produzidos a partir da montagem de conjuntos de componentes trazidos prontos do país asiático desmontados. Para estar apta a receber os benefícios fiscais do programa Mover, do governo federal, a direção da GWM decidiu montar os carros peça por peça, o que agilizará o processo de nacionalização e permitirá exportar mais rapidamente também. Uma das razões para desistirem do sistema CKD foi a presença de uma cabine de pintura pronta na linha de montagem de Iracemápolis, que pertenceu anteriormente à Mercedes-Benz.
Como no CKD os carros chegariam pintados, a cabine não teria uso. Além disso, a GWM precisa alcançar 40% de nacionalização para exportar à região, aproveitando-se de benefícios tarifários. A meta é alcançar 60% no médio a longo prazo. Hoje, a fabricante de origem chinesa conta com cerca de 300 funcionários diretos. Sobre os fornecedores, a GWM já tem uma lista com cerca de 100 empresas para a fase inicial de nacionalização e homologação dos fornecedores locais, que serão responsáveis por toda a produção do carro, inclusive pela bateria.
Do Motor1