GWM “rouba” talentos de Toyota, VW, Jeep e até Facebook para crescer no Brasil
Fabricante chinesa faz promessas ousadas para nosso mercado, mas apostou em um time forte para cumpri-las
A GWM (Great Wall Motors), fabricante chinesa que comprou a ex-fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP), ainda não estreou oficialmente seus modelos no Brasil – o que acontecerá ao longo do primeiro semestre de 2023 –, mas já vem dando o que falar.
Seja com o produto escolhido para o debute, o Haval H6 PHEV, com seus 393 cv, baterias de 34 kWh e autonomia de até 170 km em modo só elétrico; seja em sua estratégia de ingresso no mercado brasileiro: bom volume de investimentos, apenas com produtos eletrificados, promessa de relação muito mais moderna com concessionários e passos dados aparentemente sem afobação.
Uma política que particularmente chama a atenção foi a forma como a empresa vem selecionando os líderes de diferentes setores da operação. São pessoas com bons anos de experiência no mercado e que foram “pescadas” em outras montadoras ou mesmo empresas de diferentes ramos do mercado nacional. Por exemplo, boa parte do time de pós-venda vem da Toyota, grande referência no segmento. Daniel Conte será o chefe da área, após 15 anos atuando na rival japonesa.
O diretor de vendas, Alexandre Oliveira, atuou por 13 anos na Ford e outros dez na Renault. Logo na sequência veio o Chefe de Comunicação, Zeca Chaves, redator-chefe por quase 20 anos da revista Quatro Rodas. O líder da área de Planejamento e Logística será Thiago Potenza, com passagem de um ano pela Toyota, quatro e meio pela BMW e quase sete pela Hyundai. Já a responsável pelo desenvolvimento dos sistemas multimídia da empresa no país é Juliana Camargo, que trabalhou por mais de quatro anos na VW. Também vieram para a operação pessoas com experiência vasta em setores correlatos.
Do Automotive Business