Há 50% de chance de prorrogar redução do IPI, diz ministro do Desenvolvimento

Miguel Jorge diz que é cedo para o governo anunciar a prorrogação e, por enquanto, medida vale até março

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse que, “por enquanto”, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para venda de automóveis acabará em 31 de março. “Por enquanto, a medida vai até 31 de março. O futuro a Deus pertence”, disse o ministro. “É muito cedo para anunciar uma prorrogação”, acrescentou Miguel Jorge, destacando que a eventual continuidade do benefício será decidida após análise dos efeitos que o mesmo teve em termos de geração de renda, aumento nas vendas e preservação dos empregos.
 
“Não se pode dar como certa a prorrogação da redução do IPI. A chance é de 50% para cada lado”, afirmou o ministro. Ele também disse que é favorável a que se discuta com o setor a contrapartida de preservação de empregos na hipótese de o governo postergar a validade do benefício tributário. “Pessoalmente, avalio que se pode fazer uma vinculação da medida com manutenção de empregos. Creio que não haveria problema para a indústria sobre isso. Hoje é bem mais fácil a indústria aceitar um acordo deste tipo porque houve recuperação do setor. Seria natural que o governo colocasse isso na mesa”, concluiu.

O governo considera que a medida surtiu o efeito esperado e avalia a possibilidade de prorrogá-la. O anúncio só deve ser feito no final do mês para não frustrar as vendas de março. O temor é que o consumidor adie a sua compra sabendo que terá mais tempo para adquirir um veículo novo mais barato.

O Ministério da Fazenda estimou que a desoneração temporária do IPI para automóveis durante três meses vai significar uma renúncia fiscal de cerca de R$ 1 bilhão.

A tabela do IPI para automóveis que vale até o final de março é a seguinte: carros de até 1.000 cilindradas terão alíquota reduzida de 7% para 0%; carros acima de 1.000 até 2.000 cilindradas movidos à gasolina terão IPI reduzido de 13% para 6% e movidos a álcool ou flex, de 11% para 5,5%; carros acima de 2.000 cilindradas terão IPI mantido em 25% para os à gasolina e em 18% para os a álcool e flex; picapes de até 1.000 cilindradas terão redução do IPI de 8% para 1%; e de 1.000 até 2.000 cilindradas terão redução geral de 8% para 4% no IPI.

Da Agência Estado