Há 85 anos guernica sofria o bombardeio do terror
Há 85 anos, no final da tarde do dia 26 de abril de 1937, uma esquadrilha de 24 aviões alemães e italianos bombardearam durante três horas o pequeno vilarejo de Guernica, no norte da Espanha, matando cerca de 300 pessoas, incluindo mulheres e crianças.

A Espanha vivia uma Guerra Civil (1936-1939) que opunha monarquistas e republicanos. Ao lado dos primeiros, que eram liderados pelo general Francisco Franco, que organizou um motim contra a Segunda República espanhola (1931-1939), estava a cúpula da igreja católica, grupos falangistas, monarquistas, nacionalistas anticomunistas. Essa coalizão conservadora identificava-se com o nazismo de Hitler e com o fascismo de Mussolini.
Os republicanos eram formados por liberais progressistas que fizeram aliança com os comunistas e anarquistas, formando uma frente popular contra os monarquistas. A Frente Popular na Espanha rapidamente adquiriu um caráter antifascista e recebeu a adesão e a solidariedade de brigadas internacionalistas de todo mundo que lutaram ao lado dos republicanos.
O ataque a Guernica, ordenado pelo general Franco, teve o objetivo de coagir as lideranças da comunidade autônoma do País Basco, no norte da Espanha, a se posicionarem ao lado dos monarquistas. Além disso, Guernica era um ponto estratégico por sua localização e por ser uma área de tradição na fabricação de armas – as indústrias, não atingidas pelo bombardeio, seriam usadas pelos nacionalistas.
O bombardeio do terror foi imortalizado através da obra prima de Pablo Picasso pintada em 1937. O quadro é um enorme mural em preto e branco com dimensões de 3,51m por 7,82m. Além do valor artístico, o quadro de Picasso é um ato de protesto contra esse ato de barbárie cometido pelos nazistas e fascistas.
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