Hatches pequenos ganham espaço no mercado brasileiro
Polo, Onix e HB20 lideram vendas, confirmando “preferência” do brasileiro pelos compactos. Segmento de entrada só não decola por falta de produtos
O governo até que tentou, mas o programa de incentivo para compra de carro 0 km, que garantiu desconto maior para os de menor preço, não incrementou o chamado segmento de entrada, aquele com os modelos mais baratos e praticamente restrito hoje no País ao Fiat Mobi e Renault Kwid.
Na lista da Fenabrave ainda aparecem VW Gol e Up!, Fiat Uno e Palio e Toyota Etios, mas todos já saíram de linha e apenas o primeiro modelo citado emplacou algum volume mais significativo em 2023, perto de 6,2 mil unidades, por ter sido produzido até dezembro de 2022. A escassez de modelos no segmento certamente é fator decisivo para que sua fatia tenha caído de 12,9% para 8,3% no comparativo interanual.
As montadoras, em geral, perderam interesse em produzir o carro de entrada, tradicional no Brasil desde os idos do Fusca e do Fiat 147, por representarem lucro menor por unidade. Quem ganhou foi o segmento de hatches pequenos, aquele com modelos que custam acima do carro de entrada, mas ainda oferece preço atrativo no varejo automotivo do País, uma demonstração clara de que há espaço para a oferta de compactos no Brasil.
Nesse sentido ganham força modelos como os hatches VW Polo, Chevrolet Onix e Hyundai HB20, que lideram o mercado de automóveis no ano passado com vendas da ordem de, respectivamente, 111.242, 102.043 e 88.905. Somando os carros de entrada com hatches e sedãs pequenos, os modelos considerados compactos, aqueles mais acessíveis do País, respondem por 49,3% das vendas totais de automóveis, ou seja, mais do que todos os SUVs comercializados internamente.
Do AutoIndústria