Associação Heinrich Plagge contra os anos de chumbo nas fábricas

A Associação Heinrich Plagge reúne desde 2015 trabalhadores brasileiros na Volkswagen vitimados pela perseguição política na empresa entre 1964 e 1985 durante o regime militar. Em setembro de 2020, em atividade histórica realizada na Sede do Sindicato, ex-trabalhadores na Volks e representantes legais tomaram conhecimento dos detalhes do acordo inédito assinado pela montadora que assumiu o compromisso de destinar R$ 36,3 milhões a ex-trabalhadores na empresa presos, perseguidos e torturados durante o regime de exceção (1964-1985) e a iniciativas de promoção de direitos humanos.

O TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) foi firmado entre a Volks e os Ministérios Públicos Federal, do Estado de São Paulo e do Trabalho e coloca fim ao inquérito civil aberto desde 2015 que apurava a participação da montadora na violação de direitos humanos durante a ditadura.

A montadora é a primeira grande empresa a admitir a participação de anos de chumbo no Brasil. O caso Lúcio Bellentani foi um dos mais emblemáticos. Lúcio foi um aguerrido militante durante o regime militar, perseguido, preso e torturado por suas convicções pelos responsáveis na fábrica na Volkswagen no início dos anos 1970.

Em 2019, no Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado em 10 de dezembro, a Associação Heinrich Plagge lançou a medalha Lúcio Bellentani de Direitos Humanos, em reconhecimento a quem fez parte da luta dos trabalhadores e para fortalecer a importância desse debate.

Informações pelo número (11) 99986-5959, com Tarcísio Tadeu. Nas redes sociais, acesse Trabalhadores contra a Ditadura – Luta e Resistência.

Fique sócio! Você, trabalhador, é o Sindicato dentro da fábrica