Hidrogênio Verde: impulsionando a transição energética

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A transição energética no setor automotivo é vista por muitos especialistas como uma oportunidade para o Brasil encurtar a distância tecnológica em relação aos líderes globais na produção de veículos, como China, EUA, Alemanha e Coreia do Sul. Um elemento crucial nesse processo é o hidrogênio verde, que se posiciona como agente transformador nesse cenário.

No último dia 11, aconteceu um importante evento organizado pelo Projeto H2Brasil na sede da FGV, no Rio de Janeiro, quando foi apresentado o estudo “Financiamento de projetos de hidrogênio verde no Brasil”, pesquisa desenvolvida em parceria pela NIRAS International Consulting e o Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da FGV (CERI). Trata-se de um projeto que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o desenvolvimento sustentável, e que é financiado pelo governo alemão.

Foram apresentados vários elementos essenciais para que tenhamos projetos financiáveis no Brasil: viabilidade de mercado, os entraves de certificação, e a atuação dos bancos de financiamento (BNDES), dentre outros.

O evento sinalizou que há espaço para o financiamento de plantas de hidrogênio com bom nível de competitividade no Brasil. Nessa perspectiva, o diretor da Hytron trouxe o exemplo desta empresa brasileira iniciada em 2003 por pesquisadores da Unicamp. Em 2020, quando Angela Markel anuncia o plano da economia do hidrogênio na Alemanha, a Hytron já era uma das cinco empresas no mundo com domínio na produção de hidrogênio por diversas fontes.

O hidrogênio verde será o caminho? Deveremos saber em breve. Contudo, o que precisamos saber urgentemente é se o projeto do país para esse tema é ambicioso o suficiente para colocar o Brasil em “outro patamá”, como diria o craque Bruno Henrique.

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