História da África desmistifica tese de acomodação dos negros

Participantes da quarta aula do curso sobre a História da África no Centro de Formação Celso Daniel

A quarta aula do curso sobre a História da África desmistificou a ideia de que os negros foram ou são acomodados.

 “As dificuldades que tivemos e convivem conosco até hoje mostram que, pelo passado escravista ao qual fomos submetidos, houve um retrocesso na vida de todos”.

A afirmação é do coordenador da Comissão de Igualdade Racial do Sindicato, José Laelson de Oliveira, o Leo Superliga, ao falar da aula mais recente no Centro de Formação Celso Daniel, ao lado da Sede.

“O resgate histórico feito na aula foi fundamental para fortalecer a autoestima dos negros e ainda oferecer subsídios para que sejam mais bem compreendidos os desafios do presente”, destacou Leo.

Segundo o dirigente, a luta contra o racismo ainda existe e a iniciativa da Comissão, ao ministrar as aulas sobre História da África, acerta as contas com um mito que exclui o negro e enxerga apenas os imigrantes europeus como protagonistas da luta de classes no País.

Leo também lembrou na aula que o movimento negro avançou com o tempo e recebeu várias políticas públicas de reconhecimento, principalmente após 2003, a partir do governo do ex-presidente Lula.

“Uma delas é a lei 10.639/03, que torna obrigatório o estudo da cultura negra nas escolas brasileiras. Há também a lei de cotas para concursos públicos, sancionada neste ano. Outro bom exemplo está no ProUni, onde metade das bolsas do programa do governo federal destina-se para negros”, concluiu Leo.

 

Da Redação