Hoje começa a copa da igualdade

África do Sul quer mostrar que superou o regime de segregação racial e que hoje o país é mais livre e mais igual. Brasileiros querem o sexto título.

A Jabulani vai rolar e a vuvuzela vai fazer barulho. Os nomes soam diferentes, mas essa quer
ser a Copa da igualdade. A África do Sul, que sofreu com o apartheid, regime em que os brancos mandavam e os negros viviam marginalizados, viu Nelson Mandela mudar o cenário e acabar com a segregação.

Os bafana bafana – como são conhecidos os torcedores da seleção do país –, vão receber o mundo para mostrar que a África do Sul hoje é mais livre e igual.

Será a 19ª edição da Copa do Mundo, a primeira no continente africano, mudando a rota do torneio que só passava por Europa, América e Ásia. Será também uma pequena amostra do que o Brasil terá em 2014, quando vamos sediar o torneio.

Os 736 jogadores das 32 seleções dos cinco continentes vão disputar 64 jogos no período de um mês. Cerca de 3 bilhões de torcedores, espalhados pelo mundo, estarão ligados para assistir
as partidas pela tevê.

Todos os campeões mundiais estarão lá: França, Inglaterra, Uruguai, Argentina, Alemanha, Itália e Brasil. E outra vez entra em campo o sonho nacional de faturar mais uma estrela, a
sexta.

Seleção canarinho
Os torcedores desejam que a equipe de Dunga mostre o futebol de um time favorito. Depois de ver a classificação tranquila nas eliminatórias e os títulos da Copa América e da Copa das Confederações, o brasileiro quer mesmo é vencer o Mundial. Antes da última Copa do Mundo, em 2006, a campanha da seleção era muito parecida com a de agora (venceu os mesmos torneios).

Esquecimento
Depois da derrota para a França nas oitavas do Mundial, aquelas vitórias foram esquecidas. Hoje é lembrada a preparação que virou festa e os jogadores fora de forma no ataque.

Weggis foi a cidade suíça onde a seleção fez a preparação na Copa da Alemanha. O lugar ficou
conhecido pelo clima de carnaval fora de época que tomou conta dos treinamentos.

Bagunça
Os jogadores tinham contato direto com a imprensa, a torcida estava muito próxima dos jogadores – uma torcedora invadiu um treinamento para abraçar Ronaldinho Gaúcho. E a dupla
titular do ataque, Adriano e Ronaldo, se apresentou fora de forma (cada um deles perto dos 100 quilos).

Agora, o medo da repetição do oba-oba de 2006 fez a comissão técnica da seleção isolar os jogadores em busca de privacidade.

Até o dia 11 de julho, Kaká, Messi, Cristiano Ronaldo, Rooney, Xavi, Ribery, Eto`o, Drogba, Robben e vários outros craques vão rolar a bola nos 10 estádios da África do Sul.

E o brasileiro espera que na final, em Johannesburgo, o capitão Lúcio levante o troféu do hexa.