Hoje, na rua pelo crescimento e emprego
Em três grandes atos, os metalúrgicos do ABC ocupam hoje as ruas de São Bernardo para defender o crescimento econômico e o emprego.
A companheirada na Ford, Mercedes-Benz, Mahle e Rassini se junta em um ato na avenida 31 de Março, na Paulicéia. Em outro, estarão reunidos os trabalhadores na Scania, na Karmann-Ghia e o pessoal nas fábricas do entorno da avenida Kennedy. Na Volks, a mobilização será no pátio.
Essas manifestações dão início ao movimento Os trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise, que a CUT deflagra hoje em todo o Brasil. A luta reivindica garantia de emprego, manutenção de direitos, redução da taxa de juros e contrapartidas das empresas que receberem incentivos do governo.
Só crescimento econômico é capaz de superar a crise
Reduzir salário não é a saída para superar a crise econômica, como defendem alguns empresários e a imprensa. Ao contrário, o corte de vencimentos pode agravá-la ainda mais.
Esse é o resumo da pauta que o Sindicato vai apresentar na manifestação de hoje e depois entregará ao presidente Lula.
Sérgio Nobre, presidente do Sindicato, afirma que reduzir salários agrava a crise. “Esta é uma agenda recessiva. Menos salário significa menos consumo e menor produção”, destaca.
Sobrevivência
Em quatro pontos, o dirigente explica por que a redução de salários é ineficaz:
A) Os salários são baixos no Brasil. A média de aproximadamente 70% dos trabalhadores não supera dois salários mínimos;
B) A medida é socialmente perversa, pois quando o trabalhador tem o salário reduzido fica sem dinheiro para comprar tudo o que precisa e é obrigado a cortar itens essenciais a sua sobrevivência como comida, remédios, educação etc.;
C) Ela é recessiva. Com a queda do poder de compra, cai a produção e aumenta o desemprego;
D) É uma decisão desagregadora, pois impede que trabalhadores, empresários e Estado formem uma mesa de negociação que aponte para a continuidade do crescimento econômico com mais vigor, esta sim a principal geradora de empregos.
Outros atos
Além da nossa categoria, os metalúrgicos de Taubaté e de Sorocaba participam hoje do primeiro dia do movimento da CUT. A Central pretende organizar atos como esse em diversas regiões do País.