Hoje tem a primeira negociação com o G.9

As negociações da campanha salarial começam hoje entre a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) e os patrões do Grupo 9. Mais duas rodadas estão previstas para a semana que vem.

A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) faz hoje a primeira rodada de negociações da campanha salarial no grupo 9 (máquinas e eletroeletrônicos).

Pela agenda definida com os patrões haverá outros encontros nas segunda e quarta-feira da semana que vem. A campanha neste ano está focada nas questões econômicas porque as cláusulas sociais estão renovadas até a data-base do ano que vem.

O presidente da FEM-CUT, Adi dos Santos Lima, disse que conta com a mobilização da categoria para fazer o patrão enfiar a mão no bolso. “Não podemos pensar que por causa da ausência do debate das cláusulas sociais a campanha será mole. Para conseguir reposição total da inflação, aumento real e valorização dos pisos temos de mostrar disposição de luta”, comentou. Os patrões do grupo 10 ainda não se manifestaram sobre negociações. Neste setor, o debate também será centrado nas questões econômicas.

Ao todo são 110 mil trabalhadores envolvidos na campanha em todo o Estado. Aqui no ABC estão cerca de 30 mil companheiros em empresas dos dois grupos.

CUT lança campanha unificada – A CUT lançou a campanha salarial unificada do segundo semestre com o objetivo de unir os ramos de atividade e seus sindicatos em torno de uma pauta de reivindicações comum ao cotidiano de todas as categorias.

Para a central, o amadurecimento da democracia e da cultura da negociação no Brasil propicia ambiente favorável à campanha, porque pode incorporar a cada negociação, de cada categoria em qualquer ponto do País, o prestígio e a força de toda a classe trabalhadora.

A pauta, que  será entregue às entidades do empresariado e aos governos federal, estaduais e municipais, apresenta seis pontos básicos:

1) pisos salariais nacionais;  2) políticas de estímulo à geração e proteção ao emprego, 3) redução da jornada de trabalho e limitação de horas extras, 4) respeito aos direitos sindicais e à livre organização dos trabalhadores, 5) controle do ritmo de trabalho e a adoção de mecanismos que coibam o assédio moral, e 6) prosseguimento na negociação tripartide do salário mínimo e valorização do servidor público.