Hoje tem Roda de Conversa e de samba

Comissão de Igualdade Racial dos Metalúrgicos do ABC inaugura nesta sexta-feira (20) o Rodas de Conversa, reunião periódica para discutir temas étnicos

Estreia nesta sexta-feira (20 )a Roda de Conversa, um bate papo descontraído que a Comissão de Igualdade Racial do Sindicato promoverá com regularidade para abordar assuntos étnicos e raciais.

Os convidados do primeiro encontro são Cleusa Repulho, secretária da Educação de São Bernardo; Matilde Ribeiro, ex-ministra da Secretaria de Igualdade Racial; e Nelson Rocha, do Centro Solano Trindade.

O novo coordenador da Comissão, Claudio Teixeira, o Zuza, do SUR na Ford, disse que o propósito é despertar o conceito de consciência étnica na categoria e valorizar o papel das diversas etnias na sociedade.

“É muito presente o conceito de que o Brasil vive uma democracia racial e o racismo cordial, grandes mitos em nossa história que temos o dever de desmentir”, afirma Zuza.

 

A Comissão programou, ainda, visitas mensais ao Museu Afro Brasileiro, no Ibirapuera, aos quilombos do Estado e manter a mobilização em defesa do feriado de 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

Uma roda de samba com Marcinho do Cavaco (foto) vai encerrar o evento, que começa às 18h, na Sede do Sindicato.

 

Primeiro debate vai lembrar os 49 anos do massacre de Shaperville
Em 21 de março de 1960, a polícia abriu fogo contra uma multidão e matou 69 negros que participavam de uma manifestação contra a política do apartheid (de separação racial) em Shaperville, na África do Sul.

O fato chocou o mundo e levou a Organização das Nações Unidas (ONU) a oficializar a data como o Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial.

“Até hoje, devemos lembrar a data como um alerta ao enorme sofrimento causado pela discriminação racial e uma conclamação por justiça e respeito aos direitos humanos”, enfatiza o coordenador Comissão de Igualdade Racial dos Metalúrgicos, Cláudio Teixeira, o Zuza.

Ele alerta que o racismo se manifesta de diferentes formas em nosso cotidiano, desde insultos até as decisões de contratação no emprego.

E é inegável que persiste, apesar de tudo que é feito para acabar com a discriminação. “O que não podemos é permitir que ele seja tolerado e perpetuado”, completa.